domingo, 22 de maio de 2011

Resenha Critica Sobre O Ecumenismo

“Ecumenismo: Definição, significado e abrangência” e “Unidade e Pluralidade Do Novo Testamento”

           Ecumenismo, para a Cristandade, passa a ser o campo de sua missão. A mentalidade predominante é a da unidade em Cristo. Na verdade o ecumenismo tenta restaurar a expressão visível da Igreja de Jesus Cristo. Não pretende produzir a unidade, pois a mesma é obra do Espírito de Deus.
          A Igreja sempre terá a multiformidade como uma marca e a pluralidade da Igreja se vê fortemente nas Igrejas do Novo Testamento. O ecumenismo visa minimizar as divisões já tão propagadas, em sentido mais amplo, deseja a unidade da humanidade, mediante levar todo a adorarem o mesmo Deus.
         A unidade está no ser da Igreja, como vem nos textos de Jo. 17:21; 10: 14; Ef. 4: 15; Gl. 3:28. A Igreja sempre lutou pra adaptar-se aos seus ambientes culturais, o que trouxe até uma certa dificuldade inicial para a comunhão entre judeus, gentios e pagãos, agora freqüentadores do mesmo local de adoração. A pluralidade no Novo Testamento é Cristocêntrica. Cristo acabou com a inimizade entre judeus e gentios, como afirma o Apóstolo em Efésios. O ecumenismo longe de procurar padronizar a fé dos diversos credos religiosos, abraça dois princípios fundamentais da unidade: o compromisso com a verdade, respeitando assim que Jesus Cristo e´o caminho, a verdade e a vida; e o compromisso com o amor que abraça a todos e procura sempre incluir e não excluir.
        Diante dessa visão sobre o ecumenismo e a maneira como a unidade é vista no Novo Testamento entendo que o ecumenismo tem em sua motivação interesses valiosos, mas, ao mesmo tempo a meu ver inatingíveis. Explico o porquê. Pelo que vejo o ecumenismo tenta não somente unir a Igreja mas também a própria humanidade. Estar num mesmo lugar para adorar a Deus não é tão fácil assim, porque isso envolve, comungarmos do mesmo altar. Por exemplo, quando em I Cor., Paulo mostra que havia divisões, elas estavam muito mais ligadas ao apego as personalidades dos líderes do que propriamente quanto à doutrina, já quanto a unidade entre saduceus, fariseus e escribas não pareceu ser tanto a preocupação de Jesus enquanto realizava seu ministério terrestre, porque? Porque a questão era que estes grupos religiosos da época neotestamentária não acreditavam na doutrina de Cristo e não queria abraçá-la.
        Outra coisa que gostaria de comentar, o autor alega que toda teologia é ecumênica, porém, penso que avaliar a história da Igreja, relegar os estudos ao campo passado, e a igrejas irmãs, não quer dizer necessariamente formar um pensamento ecumênico, respeitando-se as diferenças, quando fazemos um curso teológico, estudamos várias seitas, isso não quer dizer que a teologia que amanhã assumirei, tenha que necessariamente estar de acordo com as seitas outrora analisadas.
        Concluindo, acredito ser difícil, conciliar a verdade e o amor, sem que haja uma separação. Mesmo sabendo que a verdade centraliza e o amor não nega abraçar o outro. Vejo no exemplo de Jesus, que ao pregar a verdade de Deus e ter amado como ninguém jamais amou, podemos ver pessoas ficando pelo caminho: o jovem rico, religiosos como as seitas judaicas, o ladrão que não se arrependeu e outros. Não me alegro,em ver tanta divisão na Igreja e muitas vezes, já tentei achar um caminho, mas hoje entendo que por causa da Palavra, que Jesus disse no seu ministério ter trazido espada, em meio à família. Verdade sem amor é um Evangelho seco, amor sem verdade é algo que cega, e ecumenismo como um desafio pode ser um sonho possível ou quem sabe uma utopia? Que Deus abençoe!             

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