Travou- se nesses dias em nosso país, uma verdadeira batalha em torno do julgamento da justiça, sobre o uso de células-tronco, de embriões humanos nos laboratórios, para fins de pesquisa. Cientistas, pesquisadores, religiosos e a justiça, emitiram suas opiniões, procurando sempre preservar o direito à vida, outros buscando defender a liberdade de pesquisa, sem que a ética seja ignorada. Nos bastidores da discussão, muitos esperavam a sua aprovação, nutrindo expectativas quanto a melhoria de seus problemas de saúde, ou modo de vida.
Vários países já legislaram sobre a questão, em sua maioria aprovando, diferenciando quanto ao tempo e as situações em que os embriões, podem e devem ser utilizados. A concepção da vida e a sua preservação, está em foco. Longe de chegarmos em um consenso, principalmente por existir dificuldades em se conciliar a ciência e a religião, a razão e a fé. Podemos dizer que há em comum, a preocupação com a melhoria de vida do outro, beneficiado pela pesquisa e suas possíveis descobertas na área médica. Também se vê a importância da família, ao participar de decisões que visam, a utilização dos embriões e a implantação em outras vidas.
A vida, porém, não se resume a isto somente. Toda esta discussão, está focalizada na vida agora, na melhoria de alguns amanhã. Existe, no entanto, uma preocupação que ultrapassa a religiosidade, a ciência e a ética. Estamos falando do que fazer com a alma humana. Um dia Deus criou o homem, soprou nele o fôlego de vida e daí se tornou alma vivente. As nações legislaram sobre o direito à vida, Deus legislou sobre o direito à alma. Estabeleceu cuidados e limites, não para que esta alma fosse melhorada, mas sim, redimida. Nesse paralelo, entre as pesquisas de células-tronco e o destino da alma, permite-se diferenças, tais como:
- Enquanto na pesquisa existe a preocupação com a melhoria do outro, na questão da alma, nós temos a oportunidade de dar a nós mesmos, uma mudança definitiva e perfeita. As pesquisas e testes, sempre levarão consigo o fantasma do “quem sabe dará certo”, quanto a alma o resultado é perfeito.
- No processo das pesquisas, a família decide por outros, na questão da alma, Deus te vê, como suficientemente responsável, pelo seu destino eterno.
Certo, é que estamos vendo pessoas que estão morrendo a espera de uma decisão no tribunal, como existem almas partindo sem saber o que diz o Juiz de toda terra. O mundo está enfermo, pelo pecado e os sintomas estão aí: a ineficiência das religiões em salvar o homem; a limitação da razão em nos apresentar respostas, quando a questão é eternidade; e a necessária e injusta exigência ética, que reclama o andar correto do homem, amarrado pela natureza adâmica decaída. Em face desse dilema, Jesus em Lucas 12:20, nos faz lembrar: “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens para quem será?”
No tribunal, todos estavam preocupados com o respeito à vida. Deus nos chama a respeitar também a alma humana. As pesquisas tem a ver com o corpo, a matéria, o homem, mas, não mexe na alma. Deus está pensando mais além, na alma, no conteúdo interior do homem, no escondido. Por mais, profundas que sejam as pesquisas, elas não visam colocar seu espírito, sobre uma lâmina ou olhá-la no microscópio. A Bíblia diz que Deus pesa o espírito do homem em balança. O universo da alma,é maior. Se atém não somente à concepção da vida, mas o que será da alma, após a morte. A vida terrena é apenas a casca, a sombra, o protótipo de uma vida plena.
Que a percepção dos homens, se volte, a assuntos tão necessários como a pesquisas com células-tronco, quanto a discussão do homem, ao tratar do destino da alma. Dando sentido ao pensamento, “que além da célula-tronco existe, o além! Que Deus nos abençoe!
Nenhum comentário:
Postar um comentário