domingo, 22 de maio de 2011

A Importância Da Transfiguração Na Pós-Modernidade

A Importância Da Transfiguração Na Pós-Modernidade
Texto: Mateus 17:1-8.
Introdução: A pós-modernidade precisa ser entendida a partir do contexto de modernidade, pois, ela é a rejeição da atitude mental moderna. Vejamos algumas diferenças entre estes dois movimentos.
O mundo moderno afirma que o conhecimento é inerentemente bom, enquanto o pós modernismo já não tem esta certeza e com isso traz a idéia substitutiva do otimismo pelo pessimismo, característico dos nossos dias. No pós modernismo a verdade já não é algo exclusivo da razão, porque o homem não é só razão e deve-se levar em conta as dimensões afetiva, intuitiva , além da cognitiva.
Pensando na verdade o pós modernismo diz que a verdade, ela é construída e aceita no contexto de comunidade onde se originou, logo, não existem verdades absolutas , nem universais. Isso permite ao pós modernismo não se preocupar em provar que uma certa verdade está certa ou errada, mas procura-se respeitar cada verdade e conviver com todas elas ao mesmo tempo, compreendendo que estas verdades são relativas ao universo de cada um, e o que pode ser verdade para um , pode não ser para o outro.
No mundo moderno o destaque foi a era industrial, já na nossa era, a informação é a arma mais importante, daí entendermos que estamos numa aldeia global, onde os mundos estão próximos e não existe mais distâncias inalcançáveis.
O espírito pós-moderno valoriza o transitório, que é próprio da encenação, do teatro. Nada é tão real, a ponto desta performance evocar a estética do vazio, onde o mais real é o que não existe, ou a presença vazia. O pós-modernismo é a plataforma ideal da aparência da piedade, pois, no mundo de hoje as pessoas tem se alimentado de máscaras, do aparente e da espiritualidade “vazia”.
Dentro desse contexto de hoje onde as pessoas tem dúvida se o que está acontecendo ao seu redor realmente existe, ainda encontramos na nossa Teologia de cada dia, nos ambientes eclesiásticos e muito mais no vai-e-vem da busca desenfreada para se encontrar Deus ou deuses, um espaço físico, existencial e espiritual, para se ter uma experiência piedosa, como foi a da transfiguração.
Elucidação: Agora que os discípulos começaram a reconhecer quem é Jesus, ele está pronto para ir ao clímax em Jerusalém. Uma vez que a Lei e os Profetas testificaram de Jesus, Moisés ,o legislador e Elias , um dos maiores profetas de Israel, tiveram o privilégio de aparecer com Jesus.
I- Os Discípulos Tiveram Uma Experiência Com Ele. Mat.17:1,2
Jesus conduziu alguns poucos discípulos a esta experiência, isso mostra a particularidade da vida piedosa, numa experiência que desafia o que afirma o pós-modernismo quando diz que as nossas verdades nascem e são aceitas somente a partir da comunidade, da coletividade. No coletivo nos escondemos, não assumimos responsabilidades, “somos uma só voz”, mas o Evangelho veio para todos e ao mesmo tempo para nos identificar e nos olhar face a face. Nessa experiência Jesus dá nome aos homens, ali estão Pedro, Tiago e João. Durante muito tempo a experiência sozinha sem uma verdade que a embase, tem sido considerada um “evangelho”, de segunda classe, mas, na experiência da transfiguração onde verdades a respeito de quem é Jesus, do valor da Lei e dos Profetas, a testificação de Jesus como Filho de Deus relembrada por ocasião do batismo, mostram que a Verdade pode ser construída em meio a experiência de poucos e pode servir para referendar a necessidade de um conhecimento não somente teórico mas também prático.
II- O Conhecimento de Deus É Bom. Mat.17: 3,4.
O que vem de Deus é bom, e o que Ele proporcionou aos discípulos também foi bom. A experiência da transfiguração ela preencheu as dúvidas da mentalidade dos discípulos a respeito de quem Ele era, encheu o coração deles de alegria e ainda fomentou a disposição piedosa no discípulo Pedro de querer continuar estar em sua presença. O Evangelho tem esse poder de alcançar o homem na sua integralidade.
III- O Deus das Nações é Específico. Mat. 17: 5.
A primeira parte do que Deus falou no batismo de Jesus, diz respeito ao relacionamento da Trindade, mas quando o Senhor diz: “ a Ele ouvi”, isso é para nós, os seus discípulos de hoje. O Deus que teve prazer em Jesus quer ter prazer em mim, o Deus que apareceu de repente como um convidado inesperado do batismo, agora é o mesmo que vem como resposta aos homens que a Ele buscam. Na nossa cultura, os homens dizem que Deus é o mesmo em qualquer religião, isso é a afirmação dos homens para outros homens e dos homens para Deus, mas afirmação de Deus para nós é: a Ele e somente a Ele ouvi.
IV- A Piedade Verdadeira do Alfa e Ômega. Mat. 17: 6-8.
A verdadeira piedade não se perde em meio as experiências, ao tempo ou aos homens, porque o que começou com Jesus subindo no monte com os discípulos, terminou com os homens extasiados continuando a olharem para Jesus. Muitas pessoas tem começado bem a sua caminhada e terminado mal, porque tem perdido a visão, oro para que na nossa piedade continue sendo a piedade do Alfa e do Ômega, não somente do Alfa, nem somente do Ômega.

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