segunda-feira, 23 de maio de 2011

A Liberdade da Espiritualidade


“Meu Pequeno Tibete”

        Ladakh, uma província da Índia, aos poucos, vai sendo conhecida como o pequeno Tibete. O motivo é que o Tibete, está atualmente fechado aos estrangeiros, daí o caminho para se conhecer a cultura tibetana, é ir a Ladakh.               Local de refugiados tibetanos, que tenta preservar puras as suas tradições.    Desde 1959, esta província tem recebido milhares de tibetanos, inconformados com o governo chinês dominando o seu território. Quando a tocha olímpica subiu o Monte Everest, o povo de Leh (capital de Ladakh) criou sua própria tocha, para mostrar que o espírito livre do Tibete, não poderia ser extinto. Nas últimas décadas, desde que a China anexou o Tibete, o país tem sofrido agravos em seus costumes. Afirma-se que a China, impede o florescimento da cultura e amputa a espiritualidade pelo medo. Parece que o “pequeno Tibete”, deixa de ser um título e se torna, com o passar do tempo, num anúncio profético.
        Diferentemente dos tibetanos, os israelitas sofreram nas mãos dos egípcios, até que Deus interviu em sua história. “E disse, o Senhor: tenho visto atentamente a aflição do meu povo que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por seus exatores, porque conheci as suas dores”. Êxodo 3:7. À semelhança dos tibetanos, os hebreus também desejavam viver com liberdade a sua espiritualidade, preservarem sua cultura, sonhando com o dia em que estariam de volta à sua terra. Como a espiritualidade, começa e termina em Deus, não existe aprisionamento humano, que impeça algo que vem de cima, que não se deixa algemar, que não precisa do lugar religioso para acontecer. A espiritualidade verdadeira, é livre e liberta, quando centrada em Deus. Ela não aceita o medo, por que existe para transpô-lo. Em meio aos gemidos, os israelitas oravam. Os tibetanos parece que ainda não aprenderam que não é fazendo greve de fome que se consegue chamar a atenção de Deus. Pode até chamar a atenção dos homens. A espiritualidade não está condicionada a lutas de classes, mas os seus efeitos podem influenciar, qualquer ambiente. Não é uma tocha acesa, que irá mostrar o poder da liberdade. Os símbolos podem ser somente símbolos, quando as pessoas já não podem viver os seus significados.
        A espiritualidade é autônoma, está acima da ausência do templo, da sinagoga, da terra natal. A espiritualidade acontece na casa, mas não é caseira. Porque Deus que gera e sustenta o espiritual, não se confina à lugares, tempos ou situações humanas, Ele transcende a tudo. O Espírito de Deus, não se aprisiona, Ele é a liberdade!
        Pensando nisso, qual é o meu Tibete? Será a pobreza extrema que me oprime? Será o luxo que me constrange a não entrar e prostrar-me a Deus? Será o poderio dos homens que nos aprisionam? Será o medo de sermos achados nos lugares escondidos? Será a responsabilidade excessiva que não me permite sorrir? Será o religioso que me tolhe com suas exigências? Será a ética, que assinala o tempo todo, “certo” e “errado”? Na verdade, todos nós sonhamos com o nosso pequeno Tibete, onde mesmo cercado pelo inimigo, sem estar livre em nosso ambiente, podemos vencer o medo e termos a certeza que estamos adorando ao nosso Deus! Que Deus nos abençoe! 

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