domingo, 22 de maio de 2011

Resenha Crítica Sobre o Texto “Ninguém Vem Ao Pai Senão Por Mim (João 14: 6)

         

De acordo com o testemunho unânime do Novo Testamento não há salvação senão em Jesus Cristo. Essa convicção tem sido a força motora da missão cristã através dos tempos. ( Atos 4: 12 ; I Tim. 2: 5 ; João 1: 14 ; Mat. 25: 31s ; Apoc. 1: 16.)

Se crer ou não crer em Cristo for considerado irrelevante, não vai haver missão e a igreja vai morrer. Com que direito a fé cristã reivindica exclusividade? É necessário apresentar argumentos e justificar por que Jesus, de fato, é o único caminho para Deus.

A realidade das religiões não–cristãs – Ouvimos dos avanços do Islamismo; somos testemunhas do surgimento de novos movimentos religiosos, não-cristãs ou sincretistas; estamos sendo bombardeados por inúmeras formas de propagandas que prometem salvação sem Jesus Cristo.

Outro motivo para o mal-estar com a exclusividade da fé cristã reside na decepção de muitos com a atual situação das igrejas e dos cristãos. Ficam por demais em débito com o mandato do seu Senhor. No entanto quem salva é Deus e não a igreja. O Iluminismo nos séculos XIII e XVI acabaram com as guerras na Europa motivadas pela intolerância religiosa, desagravando a polêmica confessional e inaugurou uma nova convivência das denominações cristãs e das religiões, baseada na fraternidade e no respeito de uns para com os outros.

O relativismo, porém, fruto dessa tolerância religiosa parece simpático, mas traz inúmeros prejuízos. Relativismo acaba com a vida, cedo ou tarde. Onde a verdade cristã é negada, outras supostas verdades são colocadas em seu lugar, por via de regra bem mais excludentes e intransigentes.

É bom lembrar que não existe fé autêntica sem amor. Mas este não é capaz de substituir a fé. Com efeito, qualquer teologia que pregar a justificação pela prática do amor vai acabar em legalismo. Toda devoção religiosa deve prestar contas a Jesus Cristo, pois, Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.

Somos meros auxiliares da missão de Deus, cooperadores de nosso Senhor, servos dos quais se espera fidelidade. O que legitimamente podemos e devemos fazer é convidar as pessoas para crerem em Jesus, e glorificarem a Deus. A aprendizagem da fé em Jesus é algo complexo. Não se resume a uma questão verbal. Inclui uma prática e uma vivência.

Primeiramente, quero falar sobre a exclusividade do Evangelho, onde não é questão de salvação por meio da Igreja. Pois a Igreja não é e não deve ser mediadora. O que existe é a Igreja que tem uma mensagem e esta mesma mensagem afirma ser Jesus Cristo o único mediador entre Deus e os homens. Outra coisa é o problema da intolerância religiosa que ao ser acabada pelo Iluminismo na Europa, criou a tolerância para com as muitas vertentes e com isso se instituiu indiretamente a relatividade da verdade, que é uma característica tão marcante do mundo pós-moderno. Verdade é que o relativismo é um mundo bem-vindo a tudo e contrário ao exclusivismo, porém a Igreja pode ser tolerante para com as pessoas de outra religião mas não precisa dar boas-vindas as supostas verdades sobre quem é Deus e como se relacionar com Ele.

Uma outra coisa alegada é que a prática do amor e do bem, é fundamental para o exercício da fé. Realmente comportar-se de forma a testemunhar com uma nova vida em Cristo é fundamental, mas isso não justifica quanto a existência de boas obras em outros, seja suficiente para defini-las como cristãs ou pessoas salvas. Nada substitui a fé em Cristo como o meio de salvação. Vale ressaltar que o testemunho quanto ao Evangelho, precisa ser repensado pela Igreja, para não se tornar cada vez mais tropeço à conversão de vidas. Que Deus nos ajude a pregar o Evangelho, sem distorções e que a Igreja entenda a sua responsabilidade em ser sal da terra e luz do mundo.                   

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