segunda-feira, 23 de maio de 2011

O Aquecimento Global e O Efeito “Homem”


          O que poderemos perceber a mais, com os efeitos do aquecimento global, do que a narrativa de tragédias e prognósticos alarmantes para um futuro não muito distante? Além de estatísticas e relatórios de organizações, projetos e reuniões em todo o mundo?
          A década de 1990, foi a mais quente do milênio, catástrofes ambientais como a seca na Amazônia, o furacão katrina que se verificou nos Estados Unidos e o primeiro ciclone no sul do Brasil, são sinais de que o aquecimento global, não é conversa de intelectual, nem é mostra de moda do século XXI.
          O aquecimento global, tem servido como um termômetro para reflexão, num mundo marcado por atitudes inconseqüentes e desejo desenfreado dos homens em possuir riquezas. O acúmulo de riquezas, por poucos, tem provocado, uma desigualdade social sem fim, arrancando assim do planeta, os recursos, de forma a comprometer o futuro das gerações.
          Segundo o relatório Brundtland de 1987, desenvolvimento sustentável é “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades”.
          Daí se faz necessário, essa transição de desenvolvimento, para uma economia sustentável, amparado na responsabilidade social, para não termos que amargar a triste esperança, que nossos filhos e netos terão que viver um tipo de vida, muito abaixo do padrão necessário.
          Como cristãos, precisamos ver a história se desenrolar, analisando-a não somente à luz de um olhar sociológico ou científico. O aquecimento global, não nos faz lembrar, somente dos benefícios ou malefícios do efeito “estufa”, mas, nos faz lembrar do efeito “homem”. Que tipo de efeito é este? É o efeito causado por homens, de uma natureza decaída, não regenerada, que expressa suas falhas, nas mais diferentes formas:
-         O homem que não conhece limites- o homem no desejo de ter mais e mais, desmata florestas, produz poluentes, retira o próprio ar, para respirar poder e riqueza. O planeta, não agüenta e dá sinais de cansaço. Em Romanos 8: 20,21, Paulo escreve “ Pois, a criação está sujeita à vaidade... na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção”. O jardim que Deus deu ao homem, para cuidar, depois do pecado, começou a ser corrompido.
-         Bem antes, do aquecimento global, chegar nas mesas das nações, como um prato difícil de ser digerido, ele foi nutrido pelo apetite desenfreado do homem, de forma isolada ou institucionalizada, de conquistar sem pensar no outro, de tirar sem pensar em como repor. Hoje o homem, faz jus, ao que Paulo diz em Gálatas 6:7 “Não vos enganeis, de Deus não se zomba: pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará”.

          O erro não começa nas nações, começa no homem. Porém, em toda tragédia, Deus sempre nos aponta, o caminho da regeneração. Não somente em prol, de nós mesmos, mas dos outros. Dos nossos filhos e netos. Na verdade, sabemos que o global é uma extensão do homem, do individual. É mais do que isso, é a proliferação do “eu”, em nome da riqueza.

          Que papel, o Evangelho pode desempenhar, para reverter este quadro?

          A regeneração, para o Evangelho, não começa no entendimento somente do que precisa ser feito em favor do globo, mas o que pode ser feito, para que este mesmo homem, seja uma pessoa diferente e não queira mais refazer, para destruir novamente. O homem que conhece a Deus, vai respeitar o meio ambiente, porque ele vai precisar voltar a cuidar do que ele um dia abandonou. Regeneração, significa voltar aos princípios de Deus para a vida.

          E na hora de conquistar, de crescer. O cristão precisará, lembrar que o seu crescimento precisa ser responsável. Deus é responsável e criou o homem para ser responsável. O “eu” que prevalecia nas pequenas ou grandes decisões de outrora, já não poderão prevalecer. A riqueza, não vai ser o “princípio, meio e fim” desse homem, porque outros valores, estarão fazendo parte de sua visão da vida, como pensar no outro e a suficiência em Deus. Ser para o homem precisa pesar mais, do que ter.              Que Deus nos abençoe! 

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