sexta-feira, 27 de maio de 2011

Deus Cuida De Mim E Do Meu Cachorrinho Também!

Colossenses 1 : 16, 17. "...porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e imvisíveis, sejam tronos,sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por elee para ele. E Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem nele."

O texto acima, afirma algumas coisas, muito importantes, sobre o nosso Deus. Quando nós afirmamos que Nele tudoi subsiste, nós estamos afirmando que o nosso Deus criou  tudo e esse tudo, refere-se a cada coisa criada especificamentee não um todo somente. Também mostra Deus como o sustentador das coisas criadas, isso quer dizer, que se Deus resolvesse hoje, deixar de exercer sua atividade de sustentar, a única realidade que permaneceria existindo, seria a própria pessoa daTrindade e nada, absolutamente nada mais.
Esta doutrina da preservação, nos mostra que Deus é responsável, contrariando assim o deísmo que afirma que Deus criou o universo e posteriormente o abandonou; diz que Deus cuida da sua criação de forma independente dela, ou seja, a criação é de Deus, mas não é deus como afirmam os defensores do panteísmo; e ainda nos mostra que esta relação pessoal e responsável que existe entre Deus e sua criação, é um fator determinante para a história, os acontecimentos não são frutos do acaso, nem são determinados por um destino impessoal, Deus continua no controle de tudo que vemos e não vemos. De todos os aspectos da criação, sabemos que nós seres humanos, somos o mais importante ser que Deus criou, por isso temos a certeza que Ele também cuida de nós, como cuida dos animais , dos rios , das montanhas , dos mares, dos céus , dos anjos, das soberanias, das coisas visíveis e das invisíveis. Além do mais, este cuidar não é algo estático, como se Deus ao criar o universo, tivesse apertado um botão, prá ver sua invenção funcionar. Mas este sustentar de Deus, é um carregar contínuo, um exercício diário, um trabalhar cosntante de um Deus dinâmico e criativo. Quanto a nós, a Bíblia afirma que Deus planejou todos os nossos dias antes mesmo que começássemos a existir ( Salmo 139:16 ; Jó 14:5 ; Gálatas 1:15 ; Jeremias 1:5). Um dos fatores mais fortes e ao mesmo simples da preservação é que respiramos, porque Ele nos dá o fôlego pra isso. Todas as nossas ações, direta e indiretamente dependem do cuidado providencial de Deus. Todos os nossos talentos e capacidades vem de Deus, algumas sendo usadas para a glória de Deus e outras não; mas todas se originam Nele. (I Coríntios 4:7; Salmo 18:34) Deus aperfeiçoa a nossa vidade maneira tal , que nos tornamos instrumentos eficazes na realização de seus desíginios. O sucesso e o fracasso, também dependem de  Deus, pois Deus abate e exalta os homens, mesmo que muitos não o reconheçam como Autor dessas coisas. ( Salmo 75:6,7 ; Lucas 1: 51,52)
O que resulta de tudo isso, na prática?
Seremos gratos a Deus por tudo que Ele tem feito por nós, cuidando de nós e do que Ele criou.
Dependeremos mais Dele ao exercer os nossos ministérios, entendendo que Ele é quem nos dá talentos e capacidades, por isso, orgulhar-se não tem sentido, Gloriar-se Nele, sim!
Preservaremos uma relação mais de perto com Ele,sabendo que se quero ser vencedor na vida, isso não depende somente de mim, e se estamos sendo fracassados, temos um Deus que pode estar querendo nos dizer algo: confie mais em Mim! Que Deus em Cristo te abençoe!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Texto Biblico : I Corintios 5:3-5

 

“Eu, na verdade , ainda que ausente em pessoa , mas presente em espírito , já sentenciei , como se estivesse , que o autor de tal infâmia seja , em nome do Senhor Jesus , reunidos vós e o meu espírito , com o poder de Jesus , nosso Senhor , entregue a Satanás para a destruição da carne , a fim de que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus . ”

Encontramos nesse contexto , a igreja de Corinto que não havia exercido a disciplina necessária na vida daquele homem , e tal pecado já se tornara motivo de vergonha , por ter se tornado público . O Apóstolo ciente dessa situação descrita nos versículos iniciais deste capítulo, então sentencia aquele irmão , mesmo não estando fisicamente presente na igreja , que aquele homem seja “entregue a Satanás ”.

O que pode significar isso na prática ?

Alguns acreditam não se trata de uma morte física , mas que por meio de sofrimentos causados pelo inimigo , o ofensor seria corrigido e voltaria a uma vida cristã correta. É difícil , seguirmos esta interpretação porque o Apóstolo não vê aqui Satanás como um agente purificador .

Outros sugerem que este texto se assemelha aos textos que envolviam o Apóstolo Paulo (espinho na carne ) e Ananias e Safira ( Igreja Primitiva ) . Também encontramos aqui dificuldades pois esses textos estavam inseridos em contextos diferentes : o Apóstolo Paulo tinha um espinho na carne, mas não, por ter cometido pecado , o espinho serviria como um alerta para que o mesmo não viesse a pecar . Quanto a Ananias e Safira , o pecado deles é dirigido ao Espírito Santo , tendo uma conseqüência imediata .

Acredito que o texto em pauta , tem a ver com a preocupação inicial do Apóstolo de que a igreja não venha ser contaminada , se permitida a permanência do irmão entre eles ; parece-me que o tal ofensor atinge um estágio , onde o arrependimento e volta à comunhão não é mais possível ; daí Paulo ao entregá-lo , o deixa vulnerável aos ardis de Satanás , pois fora da comunhão da igreja , ficamos a céu aberto para os ataques do inimigo, não nos vemos protegidos como os demais que mantém sua comunhão com Deus na igreja .

Podemos ainda observar que:

A igreja estaria participando desta decisão, assumindo junto com o Apóstolo essa autoridade para desligá-lo.
Este caso constitui-se num caso raro, não é comum encontrarmos no NT, esta prática .
 Existe um propósito maior e louvável por trás da iniciativa do Apóstolo, que o irmão seja salvo no dia do juízo.

Aplicações : Será que é possível usarmos da mesma autoridade do Apóstolo , e convidarmos a igreja em casos de imoralidade como esse , para entregarmos irmãos para serem destruídos na carne com o fim de serem salvos? Até que ponto a igreja hoje se sente responsável em disciplinar o pecado na igreja? Que Deus nos esclareça isto! 

A Violência Um Sintoma De Que As Coisas Não Vão Bem


Amós 5 : 13 “ Portanto , o que for prudente guardará silêncio , por que é tempo mau ”.

Todos nós brasileiros assistimos estarrecidos o desenrolar de crimes , contra a família , contra a criança , contra a integridade do ser humano . O profeta Amós no seu tempo já presenciava a corrupção dos ricos contra os pobres , o prevalecer da injustiça e com veemência anunciava que Deus não estava feliz com o que acontecia na terra . A violência, tem várias faces, acontece no interior da casa , do trabalho , nas ruas , na conversa a dois, íntima, nos lugares tidos como sagrados , a violência não começa lá fora , mas dentro do ser humano . Diante de tudo isso , nos perguntamos : por que tudo isso ? Onde vamos parar ? Será, que ninguém tem uma solução ? O que será de nossos filhos, netos , amigos , vizinhos e aqueles que ainda virão ?
O que for prudente pára e busca resposta . Busca e se auto- analisa procurando para ver em si mesmo se não possui também um vestígio deste mal, tão desprezível . Guardar silêncio , diante dos homens , porque eles não tem respostas , só criam mais dúvidas , é como se todos olhássemos uns para os outros e ficássemos sem palavra . Guardar silêncio para conversar com Deus , conversar para pedir perdão a Deus, pois estamos estragando os projetos de Deus, o homem. Ferimos o que mais lindo Deus fez na relação com sua criação , a imagem Dele em nós .
Guardamos silêncio para não falarmos do que não sabemos e tornarmos mais dolorosas as feridas que constantemente se abrem na vida daqueles que são vítimas da violência. Guardamos silêncio, porque temos vergonha de nossa raça, que está perdendo o brilho, que não se entende mais como família, que não mais dialoga, que não mais sorri junta como uma criança sem maldade, que não age mais sem se resguardar da violência.
Guardar silêncio, porque o nosso Deus virá para punir , o que do céu Ele vê. Para punir a violência que não está perceptível a todos, que está fora da mídia, que já entrou no arquivo de Deus. Tem momentos em que como igreja , mesmo tendo seu ofício profético, precisamos nos calar, para ouvir Deus, para nos quebrantarmos e não nos tornarmos cada vez mais insensíveis, para não assumirmos a maior das violências , que é ferir o coração de quem nos c

A Palavra De Deus Está Se Cumprindo!


E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores”. Mateus 24 : 6 - 8

Há pouco tempo, fomos surpreendidos com noticiários a respeito de um abalo sísmico em São Paulo, fazendo com que moradores, se perguntassem o que estava acontecendo. Enquanto escrevo, ouve-se que um vulcão no Haiti, dá sinais de que está bem vivo, e pessoas são obrigadas a deixar áreas de risco nos hotéis, assistimos estupefatos o desenrolar de casos no Brasil de agressão e morte a crianças sem nenhuma razão de ser, temos ainda que nos preocupar com a crise econômica nos Estados Unidos e suas conseqüências a outros países, isso sem pararmos para pensar na guerra EUA- Iraque que parece interminável.

Na verdade o que está acontecendo? Como simples crítico posso dizer que tudo é resultado dos maus planejamentos; como otimista posso acreditar que tudo isso vai passar, e logo retomaremos a vida normalmente; como sociólogo posso procurar entender como a luta de grupos que tentam sua independência; como cético posso dizer que a história está sem rumo entregue ao vento dos acontecimentos e surpresas; e como cristão? Que resposta tenho para tudo isso?

Posso dizer que a Bíblia está se cumprindo, isso sem ignorar a falta de responsabilidade do homem, como no caso, do desmatamento, do mal planejamento dos governos, sem esquecer da natureza humana que tende a expor a iniqüidade nas mais diversas formas, como a ausência da família na criação dos filhos, no desenfreado corre-corre do mundo capitalista onde se sacrifica valores em nome de se ter conforto e prazeres, sem deixar de lado os acontecimentos que fogem ao nosso controle como enchentes na Paraíba , lugar antes tão marcado pela secura da terra.

É bom pensarmos em tudo isso. Será que Deus não está querendo nos chamar a atenção para o cumprimento de Sua Palavra, não somente isso, porque se a Palavra está se cumprindo, quer dizer que o fim se aproxima. Como me preparar para o fim, e até mesmo que fim é este que se aproxima?. Na verdade todos podem estar se perguntando o que está acontecendo, mas como cristão devo afirmar o meu Jesus está chegando!          

Resenha Crítica Sobre A Recepção Do Vaticano Na América Latina : Medellin e Puebla

O Cristianismo latino-americano sofreria grande amadurecimento entre 1929 e a convocação do Concílio Vaticano II. Até 1890, a igreja católica contava com o status de igreja oficial no Brasil. A igreja católica se aproveitou do nativismo para depois de 40 anos desfavoráveis a ela ( 1890- 1930 ) se apresentar como a única igreja nacional , denunciando o protestantismo como elemento estranho e estrangeiro.

A)    Tônica do Vaticano II – O Concílio Vaticano II foi o acontecimento mais importante no catolicismo romano do século XX. Desejaram com isso , expressar a aceitação e o engajamento nos desafios dos tempos presentes à luz da fé católica. Também ocorreu uma decisão clara a respeito da eclesiologia , a saber , que a igreja é povo de Deus , comunhão de fé , sacrifício , oração e amor.
B)     Tônica de Medellín – Trata-se da II Conferência de CELAM. Foi realizada em 1968 e se constitui numa expressão da transição da posição social – cristianismo para uma teologia da libertação. Agora se passa a falar em “promoção humana ” , “desenvolvimento ” e “ libertação ” . Passa a clamar-se pela “luta cristã por justiça ” como “ uma exigência do ensino bíblico” .
C)    Tônica de Puebla – Puebla suscitou discussões em todo o mundo , pois reafirmava a exigência de uma nova ordem com implicações econômicas mundiais. 

Protestantismo no século XX .

O conceito – O protestantismo não possa ser definido a partir de confissões , existe uma unidade protestante que consiste no movimento constante em desejar orientar-se pelo Evangelho .

Evangélico : o conceito – vertente alemã .

O termo evangélico foi associado aqui especialmente aos luteranos enquanto o termo reformado designava os calvinistas .

Vertente inglesa – o acento deste protestantismo está na conversão e na santificação , fé no julgamento do mundo e a salvação eterna . Outra característica é o anticatolicismo como estratégia .

Inserção do protestantismo no Brasil

Foram as correntes liberal- modernizadora que permitiram o ingresso do protestantismo no Brasil no século XIX . Protestantismo seria a religião que cria o espírito do progresso . Todo mundo será salvo à maneira de ser americana ou à maneira de ser alemã .

Protestantismo de Imigração
O protestantismo de imigração surgiu no Brasil a partir de 1819 / 1824 a partir de imigrantes oriundos de territórios que correspondem as atuais Alemanha , Suíça , Holanda , Polônia , Escandinávia , Áustria e ainda outros .

A partir de 1945 houve progressivo abandono da língua alemã , nacionalização do clero e crescente envolvimento em assuntos nacionais .

Protestantismo de Missão – teve de criar povo para si . Aliando religião e comércio , tornou – se um autêntico representante protestante do projeto liberal – modernizador .
Na região sul dos EUA , que dependiam da mão – de – obra escrava , as idéias de que a escravidão era vontade divina cada vez mais foi se propagando . Justificava – se isso afirmando que se os negros tivessem permanecido na África , nunca teriam ouvido a mensagem do Evangelho .

Pentecostalismo

Até por volta de 1960 , o pentecostalismo ficou praticamente despercebido quando passou a representar uma ameaça por se tornar um movimento efervescente que buscava as massas marginalizadas .

O Neopentecostalismo

O neopentecostalismo foi iniciado na década de 1970 . Seu interesse principal está na cura divina , no exorcismo e na prosperidade .

Transconfessionalidade de protestante

Considerando este distanciamento do protestantismo histórico como uma traição ao Evangelho , surgirão grupos interdenominacionais que passa a trabalhar com populações indígenas e reevangelização nos meios tradicionais .

Posso observar que o catolicismo romano desde o início procurou arrogar para si o direito de ser a única igreja, mas graças a Deus, que Ele e somente Ele é o Senhor da história. Uma das mais lindas declarações que vejo a respeito da Igreja protestante é que no fundo o desejo dela é se deixar guiar pelo Evangelho .

Sinto porque nos EUA a igreja protestante se deixou guiar por ideais políticos e algumas vezes racistas. Temo que hoje muitas igrejas se deixam guiar por ideais que não são provenientes do Evangelho. Acredito que não há problema em reclamarmos uma vida de justiça , baseado na vontade de um Deus justo e que também se preocupa com a vida social das pessoas, à semelhança da experiência do profeta Amós. Porém a nossa teologia não pode ser somente da libertação, o Evangelho vai um pouco além disso .

Uma coisa é certa , mesmo em meio a diferentes denominações, vertentes que se formaram ao longo da história , não importa se tradicionais ou pentecostais, deixo aqui o meu apelo : “ que não nos deixemos nos guiar no nosso ministério a não ser pela Palavra de Deus .   

Resenha Críitca Sobre A Eclesiologia Paulina : Igreja Como “ Corpo de Cristo ”

        Dois componentes que concorrem para a noção de corpo de Cristo baseados nos textos de I Cor. 10:16s e I Cor. 12: 12 – 26 , que são : a idéia da participação sacramental no corpo de Cristo e a idéia do organismo , no qual os membros cooperam.
        Baseado em I Cor. 10: 14 – 30 , o apóstolo Paulo argumenta que toda ceia cultual coloca os participantes numa comunhão compromissiva – no caso das divindades pagãs, a comunhão com os poderes demoníacos que se ocultam atrás destas, assim como a Ceia do Senhor coloca os membros em comunhão compromissiva.
        Para Paulo , o conceito “ corpo” está ligado à idéia do organismo , pois , como mostra a contraposição “ os muitos ” , ou “ todos ” – “ um único pão ” ou “ um só corpo ” , pretende dizer que os crentes são ligados numa nova unidade pela dádiva do sacramento. Portanto aqui o “corpo” representa a unidade funcional do organismo.
        Em I Cor. 10 : 17 Paulo não pensa na integração dos gentios no povo de Deus , mas na junção de indivíduos separados uns do outro em um contexto de vida organicamente estruturada , em um corpo. Daí resulta forçosamente que ele pense em primeiro lugar na reunião local dos cristãos e não por exemplo, na categoria ideal de uma igreja global . A razão pela qual a comunidade local é corpo de Cristo é que na ceia, ela obtém participação no corpo de Cristo.
        Em I Cor. 10 : 16s Paulo define koinonia como comunhão que surge e é determinada permanentemente pela participação comum em algo. Ocorre, porém, que o único pão é o pão da Ceia do Senhor, no qual Cristo compartilha a si mesmo e o resultado com sua atuação. Assim , ele representa igualmente a singularidade de Cristo (cf. I Cor. 8: 6), bem como a sua função criadora de unidade.
        Em Corinto , seguindo o costume protocristão geral , a Ceia do Senhor era realizada no contexto de uma refeição. Se a comunidade tolera a divisão social em vista da Ceia do Senhor , ela recebe o sacramento inadequadamente e comete uma falta contra o corpo e sangue do Senhor , pois ignora que a dádiva do sacramento necessariamente tem conseqüências no âmbito social , sim, que através dela surge uma nova realidade social , a saber , o “ corpo de Cristo ” .
        Para Paulo só se pode determinar o lugar de cada cristão na relação deste com a comunidade, por meio de seu significado como um todo . A igreja é o âmbito histórico em que através do Espírito, a ação salvífica de Deus em Cristo tem efeito renovador e unificador ( cf. Gál. 3 : 27s) . Fenômenos pneumáticos que possam ocorrer com alguns membros da comunidade não são fins em si mesmos , mas carismas , isto é , quinhões graciosamente concedidos por Deus , na plenitude do Espírito presenteando a igreja como um todo ( I Cor. 12 : 11). Por esta razão, eles não devem ser considerados isoladamente conforme a impressão exterior nem conforme o grau com que neles parece manifestar-se algo sobrenatural .
        Em I Cor. 12 , serve para ampliar a noção obtida daquela perspectiva que o “estar em Cristo” é uma realidade física histórica, cunhada pela auto-entrega física de Jesus em favor de outros.
O batismo inicia na comunhão à mesa do Senhor . A Ceia do Senhor , por sua vez , é a ceia dos batizados , pela qual a dádiva da salvação recebida no batismo sempre volta a ser atualizada.
 Primeiramente fiquei com uma dúvida, quando o autor fala sobre o compromisso firmado na comunhão da mesa com as divindades pagãs , pois , o autor sugere que elas não existem por trás , mas não explica porque elas não existem. A meu ver, se elas não existem , o argumento do Apóstolo perde um pouco do seu sentido, pois ele fala da mesa dos demônios e do cálice dos demônios . Para mim este ponto não ficou claro.
         Um outro ponto que me chamou atenção foi a separação social ocorrida entre ricos e pobres por ocasião da Ceia do Senhor servida como refeição. Realmente com esta atitude os cristãos estariam perdendo o sentido da unidade , uma nova comunidade , o Corpo de Cristo. Inclusive acredito que muitas atitudes cristãs hoje tem perdido o seu significado ficando apenas o cerimonial e o simbolismo destituído de sentido piedoso. Por fim, quando o Apóstolo fala sobre as manifestações do Espírito, elas só deveriam ter significado quando exercidas no contexto de ser corpo. Isso impediria a individualidade dos dons, em função de si mesmos e não em favor de outros, à semelhança da entrega de Jesus e que dá significado a Ceia.
         É fundamental entendermos isso no Cristianismo hoje, para que ele não seja vivido de forma egocêntrica, portanto, precisamos resgatar o sentido de Corpo de Cristo, não somente nos momentos do sacramento, mas também como comunidade que vive além de quatro paredes.  
        O autor descreve com propriedade sobre o tema proposto e nos traz idéias para estendermos novas discussões nessa área. Para mim ele atingiu favoravelmente as expectativas

Religiosidade , Piedade e Teologia Na Época Colonial


Esta análise passava de um lado pela Instituição Eclesiástica e a vida cristã do povo por outro.

Na Perspectiva Da Instituição Eclesiástica

O Episcopado – Restringiu a liberdade da Igreja, tornando-se na época inadequado e inoperante.

O Clero – Dupla configuração: alto clero e baixo clero. As atividades do baixo clero, instituiu a sacramentalização, o que foi fundamental, pois, representava ganhos financeiros, ao passo que a catequização e doutrinação não traziam dividendos financeiros.

O Templo – A distribuição dos lugares para as pessoas revela discriminação : os clérigos tem recinto separado, as mulheres ocupam o centro do templo, num nível mais baixo, onde devem permanecer agachadas ou ajoelhadas, “os homens bons” ou livres permanecem nas laterais, num plano mais elevado – símbolo de sua posição em relação aos clérigos, mulheres e escravos, em geral, em pé, ocupam os espaços em torno da porta , “espiando os santos”.

A Missa

Segundo os documentos dos Jesuítas principalmente, o espírito da missa era celebrativo e alegre. Após as Constituições de 1707 desaparece a espontaneidade e introduz-se o espírito disciplinador e formal da missa. A missa é compreendida como sacrifício, entendido de forma mística , nada tendo a ver com o preço de sangue pago no sacrifício de Cristo.
A pregação era abstrata e afastada da realidade dos oprimidos. A missão passou a ser fonte de renda dos sacerdotes , em especial mandar rezar missas pelos mortos. Com isso, o povo criou seus próprios meios de devoção: santos e padroeiros.

O Batismo

O batismo era o meio de integrar o indígena e o africano ao sistema colonial reduzindo-o a escravo.

A Confissão
Por não se incluir a escravidão como tema da confissão. A mesma tornou-se domesticada, sendo obrigatória, individualizada e espiritual.

Casamento

Em resumo, casamentos, poligamia, a moral, etc eram regulados de acordo com a mão de obra.

Teologia

Na história da Igreja no Brasil, fala-se de duas teologias: uma de caráter profético- procurando revelar Deus na face do “outro”(africano ou indígena). A outra doutrina, oficial se caracterizava por tranqüilizar as consciências. Tinha por objetivo legitimar a colonização sob manto da tarefa evangelizadora, a escravidão sob manto da catequização. Jesus é o branco dos brancos. O sofrimento de Cristo é apresentado como o herói e não de um pobre. Jesus também é o aristocrata . Ele encena a dor, mas não se solidariza com a dor dos escravos da senzala.

Vale a pena destacar alguns pontos aqui:

-         Durante um tempo a pregação era abstrata, a Bíblia diz que não havendo profecia , o povo se corrompe, até hoje é assim, a desnutrição nos púlpitos tem causado a fome de novidades e a criação do que não é bíblico. 
-         Na questão de confissão usa-se a espiritualidade como desculpas para não se tratar de problemas sociais como a escravidão. Podemos dizer que hoje vivemos um Evangelho sem muito compromisso social , sendo que hoje ninguém precisa confessar por que os pecados não nos são ocultos , nesse ponto estão mais na omissão dos líderes, escravos do medo de fazer diferença.
-         Por último, falando sobre a Teologia, especificamente da que serve para tranqüilizar consciências, posso afirmar,serve no máximo para amenizar, pois é impossível que qualquer sacerdote da époça teria sua consciência tranqüilizada por Deus, pois a Teologia nesse caso nunca nasceu no que Deus falou, nem no que Ele queria dizer, mas no interesse dos poderosos que só aguçou em Deus o desejo de não tranqüiliza-los no decorrer da história da Igreja até que a própria história da Igreja fosse mudada..

Tipo De Vaso Queremos Ser: De Honra Ou De Desonra ?

Texto : 2 Timóteo 2 : 19 – 26

O que é preciso para ser vaso de honra e o que devo evitar para não me tornar vaso de desonra?

I – É Preciso Evitar A Influência de Vidas Vazias Vs. 17 –19.

Himeneu e Fileto , tinham uma história de destruição . Enquanto caminhamos fazemos escolhas na vida cristã. Desviar – se da verdade, sair da vontade de Deus, cultivar conversas inúteis, pervertendo a fé de alguns e loquacidade frívola foram algumas das escolhas desses falsos mestres.

II – É Preciso Ter Consciência da Vocação. Vs . 19.

Deus sabe como nenhum outro, fazer separações, Ele conhece quem lhe serve e quem não lhe serve. Melhor que isso, é que Deus não se impressiona com aparentes projetos, dons ou talentos. Precisamos ter consciência do que fazemos e que não ocupamos lugares no Reino por conveniência, mas, por vontade de Deus. O Diabo trabalha para misturar os vasos e colocar etiquetas erradas em cada um , mas o selo de Deus é mais forte não permitindo que haja confusão no final de tudo.

III – É Preciso Purificar –nos.Vs. 21

Precisamos como obreiros ter a iniciativa de nos purificar, ao identificarmos nossos erros e ter vontade de mudar. Ao se tornar vaso de honra aos olhos de Deus, seremos colocados em lugares nobres para sermos observados, seguirem nossos exemplos e darmos frutos. Os vasos de desonra serão colocados à parte, para serem lembrados com vergonha e lágrimas.

IV – É Preciso Ser Vaso De Honra Para O Vaso De Desonra. Vs. 24 –26

Mesmo um vaso de desonra há esperança de que ele ainda possa glorificar a Deus. Para tanto precisamos conduzir os que entram pelo caminho dos falsos mestres à retornar à sensatez, livrando – se eles dos laços do Diabo e assim livres poderem cumprir a vontade de Deus. Sem esta atitude restauradora nos vasos de honra e sem este quebrantamento nos vasos de desonra , não haverá glória para Deus. Que Deus nos ajude!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O Pecado: Lixo Não Reciclável


Texto: Hebreus 12: 1-3
“... desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para Jesus...”

Introdução: A educação ambiental tem sido um importante assunto, devido à sua urgente necessidade. Políticas públicas tem sido adotadas visando minimizar os prejuízos causados no meio ambiente e no homem em seu trabalho. O impacto químico, energético, laboratorial, tem trazido a preocupação com a saúde do homem, e a relevância de se preservar o meio ambiente. Nesse processo de reestruturação, de restauração tem surgido uma importante indústria, a da reciclagem. Procurar reaproveitar o que foi jogado fora tentando-se dar uma nova utilidade ao que antes só servia para ser jogado fora.
Deus também tem sua indústria de reciclagem, e trabalhando com o homem corrompido, deteriorado pelo pecado, desprezado por outros homens, o Evangelho tem dado a este velho homem, uma roupagem nova, sendo que uma coisa é certa, de todos os materiais que Deus tem reaproveitado no homem, o único que não é reciclável, tem sido o pecado, pois, ele gera a morte.

Vejamos o que o apóstolo Paulo tem a dizer sobre isso:

I – O peso e o pecado atrasam a caminhada com Deus. Vs. 1.

A Bíblia fala de uma carreira que nos está proposta, e em Coríntios diz que devemos correr de maneira a alcançar os nossos alvos. Nessa corrida, temos o peso, que não é pecado em si mesmo, como o desânimo, as decepções humanas que não nos impedem de correr, mas, nos atrapalha por que interferem na nossa fé, na motivação, na visão. O Evangelho, também mostra a realidade do pecado, como o orgulho, a inveja, a maledicência, a ira, a falta de domínio próprio, a falsidade e ainda os pecados institucionalizados, quando em nome da coletividade, da Instituição Eclesiástica, nos escondemos e não assumimos responsabilidades, nos tornamos indiferentes ao caos em que vivemos e esperamos que os nossos líderes se posicionem para fazermos algo, se isso não acontece nos achamos isentos e inculpáveis. Podemos ser Igreja, mas não “sal da terra”, ser Igreja, mas não “luz do mundo”. O peso se assemelha ao lixo que não foi reciclado, que na visão de Deus ainda pode ser transformado, o desânimo em ânimo, o medo em coragem, as decepções em atitudes diferentes.

II – O Pecado De Não Olhar Somente Para Jesus. Vs. 2.

Na vida cristã, vamos formando nossos referenciais, é algo quase inconsciente. São nossos professores de EBD, nossos pais na fé, nossos líderes com quem nos identificamos, nossos discipuladores, nossa Igreja, nossa denominação, e por aí vai. De repente, quando já construímos nossos castelos de areia, vem as decepções. O que era para nós, perfeito, deixa transparecer falhas, rachaduras são encontradas, já não significam mais, estruturas tão segura para apoiar a nossa “fé”. Nesse momento corremos o risco, de desistir, de imaginar que nada tem mais jeito, de jogar tudo para o alto, de nos recusarmos a entrar novamente no altar. O apóstolo nos diz que este é o momento de olhar somente para Jesus e pensar no propósito de sua vida que era a de fazer a vontade do Pai. Pensando na glória enfrentou a tudo e a todos, isso nos lembra que o Jesus da glória, o Rei dos reis que adoramos é o mesmo Jesus da cruz, do sofrimento, do abandono sofrido!

III – O Pecado De Não Considerar A Cruz De Cristo. Vs. 3.

Em toda a caminhada de Jesus, Ele suportou a oposição dos pecadores, críticas, zombarias, a solidão quando os discípulos não estiveram ao seu lado para orar. Jesus foi desafiado pelos homens, injustiçado, disseram que tinha demônios, que era louco, quiseram tirá-lo da Sinagoga, expulsá-lo do Templo, roubar-lhe a identidade de Filho de Deus. Jesus poderia ter desistido, recuado, desacelerado sua corrida, mas Ele não fez isso. Jesus perseverou, se esforçou, lutou, até que Deus lhe disse lá na cruz: “está consumado”. O nosso sofrimento é pequeno diante do que Jesus passou.

Conclusão:

Olhar para o Autor e Consumador da fé, não e´somente, lembrar que Ele vive, ter consciência de que Ele tudo vê. É pegar Seu exemplo, procurar imitá-lo em situações semelhantes. Ser discípulo é parecer com o Mestre. No mundo de hoje, as pessoas tentam imitar celebridades, porém, nem sempre seus exemplos irão nos levar a ser bem-sucedidos. Quero convidá-lo a imitar Aquele que não buscou holofotes para ser visto pelos homens, não precisou dar autógrafos para ser lembrado, não usou de engano para conseguir subir degraus na vida, contudo, em toda a história da humanidade o Seu nome nunca foi esquecido, mais do que isso, na eternidade será o único Nome a ser reverenciado por tudo e por todos.

“Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”. Filipenses 2: 9-11.
Que Deus nos abençoe!

Mais Que Uma Célula-Tronco


           Travou- se nesses dias em nosso país, uma verdadeira batalha em torno do julgamento da justiça, sobre o uso de células-tronco, de embriões humanos nos laboratórios, para fins de pesquisa. Cientistas, pesquisadores, religiosos e a justiça, emitiram suas opiniões, procurando sempre preservar o direito à vida, outros buscando defender a liberdade de pesquisa, sem que a ética seja ignorada. Nos bastidores da discussão, muitos esperavam a sua aprovação, nutrindo expectativas quanto a melhoria de seus problemas de saúde, ou modo de vida.

           Vários países já legislaram sobre a questão, em sua maioria aprovando, diferenciando quanto ao tempo e as situações em que os embriões, podem e devem ser utilizados. A concepção da vida e a sua preservação, está em foco. Longe de chegarmos em um consenso, principalmente por existir dificuldades em se conciliar a ciência e a religião, a razão e a fé. Podemos dizer que há em comum, a preocupação com a melhoria de vida do outro, beneficiado pela pesquisa e suas possíveis descobertas na área médica. Também se vê a importância da família, ao participar de decisões que visam, a utilização dos embriões e a implantação em outras vidas.

          A vida, porém, não se resume a isto somente. Toda esta discussão, está focalizada na vida agora, na melhoria de alguns amanhã. Existe, no entanto, uma preocupação que ultrapassa a religiosidade, a ciência e a ética. Estamos falando do que fazer com a alma humana. Um dia Deus criou o homem, soprou nele o fôlego de vida e daí se tornou alma vivente. As nações legislaram sobre o direito à vida, Deus legislou sobre o direito à alma. Estabeleceu cuidados e limites, não para que esta alma fosse melhorada, mas sim, redimida. Nesse paralelo, entre as pesquisas de células-tronco e o destino da alma, permite-se diferenças, tais como:

-         Enquanto na pesquisa existe a preocupação com a melhoria do outro, na questão da alma, nós temos a oportunidade de dar a nós mesmos, uma mudança definitiva e perfeita. As pesquisas e testes, sempre levarão consigo o fantasma do “quem sabe dará certo”, quanto a alma o resultado é perfeito.
-         No processo das pesquisas, a família decide por outros, na questão da alma, Deus te vê, como suficientemente responsável, pelo seu destino eterno.

       Certo, é que estamos vendo pessoas que estão morrendo a espera de uma decisão no tribunal, como existem almas partindo sem saber o que diz o Juiz de toda terra. O mundo está enfermo, pelo pecado e os sintomas estão aí: a ineficiência das religiões em salvar o homem; a limitação da razão em nos apresentar respostas, quando a questão é eternidade; e a necessária e injusta exigência ética, que reclama o andar correto do homem, amarrado pela natureza adâmica decaída. Em face desse dilema, Jesus em Lucas 12:20, nos faz lembrar: “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens para quem será?”

      No tribunal, todos estavam preocupados com o respeito à vida. Deus nos chama a respeitar também a alma humana. As pesquisas tem a ver com o corpo, a matéria, o homem, mas, não mexe na alma. Deus está pensando mais além, na alma, no conteúdo interior do homem, no escondido. Por mais, profundas que sejam as pesquisas, elas não visam colocar seu espírito, sobre uma lâmina ou olhá-la no microscópio. A Bíblia diz que Deus pesa o espírito do homem em balança. O universo da alma,é maior. Se atém não somente à concepção da vida, mas o que será da alma, após a morte. A vida terrena é apenas a casca, a sombra, o protótipo de uma vida plena.

      Que a percepção dos homens, se volte, a assuntos tão necessários como a pesquisas com células-tronco, quanto a discussão do homem, ao tratar do destino da alma. Dando sentido ao pensamento, “que além da célula-tronco existe, o além! Que Deus nos abençoe!    

O Pior Caos É O Da Fé


              O famoso filósofo Nietzsche, ao definir o conhecimento, algo sagrado para ele, transparece um sentimento de frustração. Afirmando que o homem por não conseguir conceituar com precisão as verdades ao seu redor, vive por meio de metáforas, mentindo para sobreviver. Nietzsche descobriu que ao fugir da realidade o homem, prefere a mentira e sofrer suas conseqüências, do que usar a verdade que ele não consegue definir. A seu ver, em meio a este dilema, de verdade e mentira, o homem reage de duas formas na vida. O homem racional, aceita este fato, de que sempre ele terá que dar uma resposta, pesada e qualificada; e o homem intuitivo, irá buscar em meio a este caos, a beleza construída pela aparência, que sobrevive por ver ao redor, um mundo fantasioso. Como alguém que sempre acha uma flor no deserto, um sorriso no leito de enfermidade ou a solidariedade em face da tragédia.

           Ao pensar em tudo isso, me lembro, do passeio que Deus fez com Ezequiel, num mundo não menos caótico, que foi o vale dos ossos secos. Quando em meio a cadáveres, o Senhor ainda lhe pergunta: “Filho do Homem, acaso poderão reviver estes ossos?”. Ez. 37:3a. O que o profeta deveria dizer e como deveria agir? Com a razão? Achar que a vida é assim mesmo, e pronto? Deveria mentir para si mesmo, ao dizer que aquilo, não estava acontecendo?
A intuição lhe serviria, neste momento? O que as suas emoções seriam capazes de construir de belo, ali. Senão tristeza, solidão e a certeza de que a vida nada é!  

          O máximo que o profeta conseguiu dizer foi : Deus Tu o sabes! Nem mesmo suas experiências com Deus era capaz de lhe trazer, uma resposta mais animadora. Com toda a certeza da presença de Deus ao seu lado, ele não era ousado em arriscar, o que aconteceria daí por diante. Porque para a razão e a intuição, a vida acabava ali. Quem sabe, era necessário, pensar apenas em um lugar, para colocar tantos mortos. Mais do que isso, onde Ezequiel, enterraria suas decepções com a vida? O caos se estabeleceu, pois, o vale do desespero tem a força de aprofundar os vivos, no vale da depressão, e por fim criar um vazio, na alma.

           A diferença, é que Deus estava ali. Quem sabe, Nietzsche, não teve Deus para perguntar, quando se decepcionou com a limitação do conhecimento e se assustou com a superficialidade da vida humana. Na visão do vale, o inexplicável acontece, um novo caminho é colocado por Deus, na frente do profeta. O caminho da fé! Nem a razão, nem a intuição. Era preciso crer, na solução encontrada por Deus, quando disse-lhe: “...profetiza a estes ossos...” Fé é confiança em Deus, não em si mesmo. Fé é conseguir falar, no meio do caos, “isso aí vai mudar”. Baseado na Palavra de um Deus, que é maior que as minhas frustrações.
          Pessoas se desesperam diante do caos; outros à semelhança do filósofo, preferem abrigar um sentimento de frustração e tristeza, mas, o que crê tem sua esperança renovada. Quando os homens enfrentam a visão do caos, quando se deparam com o trágico, logo pensam: alguém deve ter uma resposta para tudo isso! Ao olhar para os lados, percebe que os mais racionais não conseguem lhe explicar e os mais intuitivos, não conseguem descobrir qualquer beleza ou se esconder na fantasia.

            Igualmente, aos ossos, a humanidade tem, gritado: “...pereceu a nossa esperança...”, acabou! Estamos em desespero, o caos existe, nos mostre um caminho e uma resposta para tudo isso. Para nós, o Senhor diz: “...sabereis que o Senhor disse isto...”, para os que resolveram acreditar Nele, e saíram do caos, Ele diz “...e o fiz...”. Fez o que? Passear com Ele, em meio as lágrimas, ao desencanto, à frieza da realidade da vida, ao desespero por não saber o passo a seguir e conseguir sair de tudo isso. Existem vales que só Deus sabe o seu caminho e existem homens que só Deus pode conduzir para fora, desses vales. Ezequiel , não descobriria o vale se Deus não o tivesse mostrado, nem o profeta teria saído dali se Deus não o tivesse conduzido. Para nós, homens, existem os vales, para o nosso Deus, existe a solução.
           A fé vem pelo ouvir o que Deus diz, isso nos leva a ver o que Ele está fazendo ao nosso redor. Somos todos iguais como homens, temos todos os nossos vales, mas, a questão é que caminho escolher para vencer: o caminho da razão, o caminho da intuição ou o caminho da fé? Que Deus nos abençoe!                 

“Corrida Pela Glória”


           Recentemente, temos visto, algo inédito na história dos Estados Unidos da América. Barack Obama, tem se tornado um sinônimo de mudanças. Objetivando à presidência dos E.U.A , com 46 anos, vindo de uma família simples, ele tem prometido quebrar tabus, ora relembrando a luta do lendário Martin Luther King, ora tentando carregar a figura política dos Kennedy. Na verdade Obama, ao concorrer à presidência, coloca em cheque o desafio de transpor qualquer tipo de preconceito. De idade, raça ou formação religiosa. Mesmo tendo frequentado a igreja evangélica por vinte anos, durante o tempo em que seus pais moraram na Indonésia, alguns afirmam que foi influenciado pela religião Islâmica. Pelo menos por mais seis meses, a nação americana, irá nutrir esperança quanto a quem poderá resgatar a hegemonia dos Estados Unidos, depois da imagem desgastada, por causa da guerra do Iraque e a crise econômica que faz reviver o fantasma da decadência.
            Longe de fazermos comparações, ao nascer o Senhor Jesus, veio de encontro às expectativas da nação de Israel, quanto à vinda do Messias, predita pelos profetas do Antigo Testamento. Sua vida e ministério, rompeu preconceito cultural, ao falar com uma mulher samaritana, sendo Ele judeu; preconceito religioso ao curar em dia de sábado; preconceito social ao priorizar as crianças e ensinar aos doutores da Lei no templo. Além de incomodar os políticos com Seu silêncio.
          Interessante é pensar, no discurso político de Barack Obama, à luz da mensagem de salvação de Jesus. Destacado como habilidoso orador, em seus discursos, Obama, costuma repetir frases como: “Sim, nós podemos”, “somos aqueles por quem estávamos esperando” e “... se vocês estão preparados para mudar...” Jesus, em sua trajetória, nos mostra a total dependência Nele, e não na força de um povo, em João 15: 5b, afirmando “ sem mim nada podeis fazer”. Quanto às expectativas da nação, Jesus, mesmo tendo sido rejeitado por seu povo : “ Veio para o que era seu, e os seus não o receberam”, João 1: 11, vemos que a força da mudança não se restringiu ao povo. Contradizendo os projetos de mudanças anunciados pela política, entendemos que a mensagem do Evangelho, mostra que o agente de mudança é o próprio Deus e os projetos são apenas conseqüências de homens transformados.  
         Nessa corrida, pela glória, entre Obama e Jesus, predominam muito mais as diferenças do que as semelhanças. Reconhecendo que o posto mais alto do mundo , esta´ em disputa, apenas expectativas e incertezas, são reais. Num mundo onde se valoriza o glamour, a história reserva mais um capítulo para homens que eleitos ou não, serão amanhã, apenas uma lembrança.
        Jesus, não teve nesta terra, tantos olhares voltados para Ele , ao mesmo tempo, nem mesmo a admiração de tantos líderes, nunca foi ovacionado por grandes multidões, porém, ao ressuscitar, dividiu a história em antes e depois Dele. Por acontecimentos como este, jamais poderemos compará-los, pelo simples motivo que mesmo antes de iniciar a corrida para ser o número 1, Ele já existia e como se vê em Apocalipse 1: 8, Jesus é conhecido como “ ...o Primeiro e o Último...” Que Deus nos abençoe! 

A Liberdade da Espiritualidade


“Meu Pequeno Tibete”

        Ladakh, uma província da Índia, aos poucos, vai sendo conhecida como o pequeno Tibete. O motivo é que o Tibete, está atualmente fechado aos estrangeiros, daí o caminho para se conhecer a cultura tibetana, é ir a Ladakh.               Local de refugiados tibetanos, que tenta preservar puras as suas tradições.    Desde 1959, esta província tem recebido milhares de tibetanos, inconformados com o governo chinês dominando o seu território. Quando a tocha olímpica subiu o Monte Everest, o povo de Leh (capital de Ladakh) criou sua própria tocha, para mostrar que o espírito livre do Tibete, não poderia ser extinto. Nas últimas décadas, desde que a China anexou o Tibete, o país tem sofrido agravos em seus costumes. Afirma-se que a China, impede o florescimento da cultura e amputa a espiritualidade pelo medo. Parece que o “pequeno Tibete”, deixa de ser um título e se torna, com o passar do tempo, num anúncio profético.
        Diferentemente dos tibetanos, os israelitas sofreram nas mãos dos egípcios, até que Deus interviu em sua história. “E disse, o Senhor: tenho visto atentamente a aflição do meu povo que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por seus exatores, porque conheci as suas dores”. Êxodo 3:7. À semelhança dos tibetanos, os hebreus também desejavam viver com liberdade a sua espiritualidade, preservarem sua cultura, sonhando com o dia em que estariam de volta à sua terra. Como a espiritualidade, começa e termina em Deus, não existe aprisionamento humano, que impeça algo que vem de cima, que não se deixa algemar, que não precisa do lugar religioso para acontecer. A espiritualidade verdadeira, é livre e liberta, quando centrada em Deus. Ela não aceita o medo, por que existe para transpô-lo. Em meio aos gemidos, os israelitas oravam. Os tibetanos parece que ainda não aprenderam que não é fazendo greve de fome que se consegue chamar a atenção de Deus. Pode até chamar a atenção dos homens. A espiritualidade não está condicionada a lutas de classes, mas os seus efeitos podem influenciar, qualquer ambiente. Não é uma tocha acesa, que irá mostrar o poder da liberdade. Os símbolos podem ser somente símbolos, quando as pessoas já não podem viver os seus significados.
        A espiritualidade é autônoma, está acima da ausência do templo, da sinagoga, da terra natal. A espiritualidade acontece na casa, mas não é caseira. Porque Deus que gera e sustenta o espiritual, não se confina à lugares, tempos ou situações humanas, Ele transcende a tudo. O Espírito de Deus, não se aprisiona, Ele é a liberdade!
        Pensando nisso, qual é o meu Tibete? Será a pobreza extrema que me oprime? Será o luxo que me constrange a não entrar e prostrar-me a Deus? Será o poderio dos homens que nos aprisionam? Será o medo de sermos achados nos lugares escondidos? Será a responsabilidade excessiva que não me permite sorrir? Será o religioso que me tolhe com suas exigências? Será a ética, que assinala o tempo todo, “certo” e “errado”? Na verdade, todos nós sonhamos com o nosso pequeno Tibete, onde mesmo cercado pelo inimigo, sem estar livre em nosso ambiente, podemos vencer o medo e termos a certeza que estamos adorando ao nosso Deus! Que Deus nos abençoe! 

Onde Está O Seu Tesouro?

          O Brasil marcado por desigualdades sociais, exibe mais um paradoxo: é um dos líderes mundiais no mercado de cosméticos e realização de cirurgias plásticas. A valorização do corpo, tem se tornado para muitos, o resumo do ser humano e o local ideal para se alcançar a felicidade, não somente em nosso país , mas em todo o mundo.
          As marcas e modificações no corpo sempre estiveram presentes nas civilizações, nem sempre com o único objetivo de embelezar. Algumas vezes, foram usadas para diferenciar classes, excluir grupos, ou com o sentido de dizer a quem pertence tal pessoa.
          Na segunda metade do século XIX, o corpo é visto como uma máquina em ação, e daí passou a ser um símbolo de saúde e melhor qualidade de vida. Porém, foi a cultura do consumo , que fez, do corpo, um objeto rentável. Entenda-se a cultura de consumo, não somente como adquirir mercadorias, mas também a comercialização de valores e imagens.
          No século XX, nasce a emergente necessidade do culto ao corpo, e com isso, a vida de muitos, se torna um conjunto de alimentação saudável e exercícios físicos. O homem, no entanto, continua sentindo-se insatisfeito, pois, descobre que os padrões de exigências são cada vez mais inatingíveis e poucos conseguem atingi-lo.
          Uma coisa mais grave acontece, nessa cultura emergente, ela também faz vítimas. A anorexia assusta, o medo de não ser aceito, leva muitos ao desespero e tudo isso, começa a suscitar a pergunta: será que vale a pena tanto sacrifício? Será que existe algum valor, em mim, que possa ser valorizado pelo outro, que não somente o corpo?
          É bem verdade que o cuidado melhor com o corpo tem contribuído, com a auto-estima de muitos, mas será que alguns excessos podem e devem ser evitados, nessa corrida pelo corpo perfeito?
          A Bíblia, diz que “... onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração”. Mateus 6:21. Sabemos que o coração aqui, quer dizer, o principal, o despreendimento maior, o lugar de onde procede as saídas da vida. Isso quer dizer que se o meu corpo for o meu maior tesouro, não somente os meus recursos, o tempo, as decisões, a prioridade será, para o corpo. 
          O homem, porém, não se resume somente ao corpo. A vida não se resume somente, ao exterior, a aparência, o passageiro. A Bíblia fala da importância de cuidar do nosso corpo, para não destruí-lo. Porque? A razão de Deus, é que ele foi feito, para ser habitação de Deus. E, enquanto, habitação de Deus, ele é sagrado. Muitas pessoas tem destruído, seu corpo, por causa de vícios, de falta de amor a si mesmo, e isso tem deixado Deus triste, famílias em luto. Ele não quer isso para sua vida.
          Paulo fala na importância do exercício físico, como algo que tem algum proveito, mas ele fala da importância maior, no ser humano exercitar a sua piedade. O resultado do exercício físico é momentâneo, mas a piedade traz efeitos eternos. “...porque o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa” I Timóteo 4:8.
          Há algo de errado, em cuidar do corpo, não! Fazer exercícios é pecado, não! Sendo que a cultura de consumo, tem feito muitos qualificarem-se pela sua aceitação aparente. Outros tem se entregado a sofrimentos desnecessários, de querer atingir padrões que não resumem o seu valor total. É ilusório!
          Quero dizer, que ao se encontrar diante do espelho, veja por trás dele, que existe um valor maior, padrões mais altos de beleza, que vão além do que está vendo, que não se mede, nem se pesa numa balança, apenas!
Você vale o preço, do Filho de Deus, colocado numa cruz e a sua beleza maior, está, em ser obra de Suas mãos! Que Deus nos abençoe! 

O Aquecimento Global e O Efeito “Homem”


          O que poderemos perceber a mais, com os efeitos do aquecimento global, do que a narrativa de tragédias e prognósticos alarmantes para um futuro não muito distante? Além de estatísticas e relatórios de organizações, projetos e reuniões em todo o mundo?
          A década de 1990, foi a mais quente do milênio, catástrofes ambientais como a seca na Amazônia, o furacão katrina que se verificou nos Estados Unidos e o primeiro ciclone no sul do Brasil, são sinais de que o aquecimento global, não é conversa de intelectual, nem é mostra de moda do século XXI.
          O aquecimento global, tem servido como um termômetro para reflexão, num mundo marcado por atitudes inconseqüentes e desejo desenfreado dos homens em possuir riquezas. O acúmulo de riquezas, por poucos, tem provocado, uma desigualdade social sem fim, arrancando assim do planeta, os recursos, de forma a comprometer o futuro das gerações.
          Segundo o relatório Brundtland de 1987, desenvolvimento sustentável é “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades”.
          Daí se faz necessário, essa transição de desenvolvimento, para uma economia sustentável, amparado na responsabilidade social, para não termos que amargar a triste esperança, que nossos filhos e netos terão que viver um tipo de vida, muito abaixo do padrão necessário.
          Como cristãos, precisamos ver a história se desenrolar, analisando-a não somente à luz de um olhar sociológico ou científico. O aquecimento global, não nos faz lembrar, somente dos benefícios ou malefícios do efeito “estufa”, mas, nos faz lembrar do efeito “homem”. Que tipo de efeito é este? É o efeito causado por homens, de uma natureza decaída, não regenerada, que expressa suas falhas, nas mais diferentes formas:
-         O homem que não conhece limites- o homem no desejo de ter mais e mais, desmata florestas, produz poluentes, retira o próprio ar, para respirar poder e riqueza. O planeta, não agüenta e dá sinais de cansaço. Em Romanos 8: 20,21, Paulo escreve “ Pois, a criação está sujeita à vaidade... na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção”. O jardim que Deus deu ao homem, para cuidar, depois do pecado, começou a ser corrompido.
-         Bem antes, do aquecimento global, chegar nas mesas das nações, como um prato difícil de ser digerido, ele foi nutrido pelo apetite desenfreado do homem, de forma isolada ou institucionalizada, de conquistar sem pensar no outro, de tirar sem pensar em como repor. Hoje o homem, faz jus, ao que Paulo diz em Gálatas 6:7 “Não vos enganeis, de Deus não se zomba: pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará”.

          O erro não começa nas nações, começa no homem. Porém, em toda tragédia, Deus sempre nos aponta, o caminho da regeneração. Não somente em prol, de nós mesmos, mas dos outros. Dos nossos filhos e netos. Na verdade, sabemos que o global é uma extensão do homem, do individual. É mais do que isso, é a proliferação do “eu”, em nome da riqueza.

          Que papel, o Evangelho pode desempenhar, para reverter este quadro?

          A regeneração, para o Evangelho, não começa no entendimento somente do que precisa ser feito em favor do globo, mas o que pode ser feito, para que este mesmo homem, seja uma pessoa diferente e não queira mais refazer, para destruir novamente. O homem que conhece a Deus, vai respeitar o meio ambiente, porque ele vai precisar voltar a cuidar do que ele um dia abandonou. Regeneração, significa voltar aos princípios de Deus para a vida.

          E na hora de conquistar, de crescer. O cristão precisará, lembrar que o seu crescimento precisa ser responsável. Deus é responsável e criou o homem para ser responsável. O “eu” que prevalecia nas pequenas ou grandes decisões de outrora, já não poderão prevalecer. A riqueza, não vai ser o “princípio, meio e fim” desse homem, porque outros valores, estarão fazendo parte de sua visão da vida, como pensar no outro e a suficiência em Deus. Ser para o homem precisa pesar mais, do que ter.              Que Deus nos abençoe! 

A Partícula De Deus


          O mundo científico está em estado de alerta total. Dando continuidade, aos estudos relacionados à teoria do Big Bang, a ciência, tenta encontrar o Bóson de Higgs, com a ajuda do LHC. Na verdade, é uma busca de uma partícula que associada à força transmitida pelo campo de Higgs, por meio da interação com esse campo, as outras matérias de partículas ganhariam massa, o que daria origem a tudo no princípio do Universo. O LHC, (sigla para Large Hadron Collider) é o maior acelerador de partículas, construído, no maior laboratório de física do mundo, o CERN, em Genebra, na Suíça. Construído em 14 anos, com um custo de 8 bilhões de dólares, o LHC, vai acelerar partículas, numa extensão subterrânea de um túnel entre a Suíça e a França, com cerca de 27 kilômetros. Essa aceleração, provocará uma colisão das partículas, com a expectativa de que se encontre a “partícula de Deus” ou Bóson de Higgs, nunca antes encontrada. A aceleração será feita a uma velocidade de quase 100% da velocidade da luz, enquanto estiver funcionando, o LHC produzirá uma energia suficiente para iluminar 40 shopping center. Todo este processo, carrega a esperança de se encontrar o Bóson de Higgs, o que ajudaria a completar o que eles acreditam ser a infância do Universo. Se isso, tudo acontecer como esperado, o Bóson de Higgs, poderá ser percebido num prazo de até 3 anos, após a colisão, com o auxílio de 4 detectores, colocados ao longo do túnel, para analisar as colisões das partículas.
          O que acontecerá se o Bóson de Higgs, não for encontrado? Teorias precisarão serem refeitas, a reputação da ciência será colocada em jogo e começará uma nova corrida em busca de uma nova razão, para a maquete humana do Universo, já que o Bóson de Higgs, é peça fundamental no modelo –padrão, que os cientistas sustentam sobre o início de tudo! Queremos nos adiantar, ao funcionamento do LHC, com algumas verdades bíblicas que dão sentido, ao nosso complexo mundo, que tenta entender o Universo.

I-                  A Razão E A Fé Sempre Estarão Em Colisão.

“Perguntou-lhe Nicodemos: como pode um homem nascer sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?” João 3:4. Não é de hoje que o homem tem dificuldade em entender as coisas de Deus, por meio da racionalidade. Quando Jesus falou com Nicodemos sobre o novo nascimento, estava falando de um nascimento espiritual, a partir da Palavra de Deus e do recriar da imagem de Deus, nesse novo homem. Nicodemos pensou em termos de gestação, de voltar ao ventre.

II-               A Multiplicação Da Ciência Aponta Para O Fim

          Não descartamos que a ciência tem dado passos gigantescos em direção a descobertas, que muito tem nos ajudado, no combate e prevenção de doenças, algumas tem causado melhorias em nossas vidas, em outras áreas. A ciência até, tem se assemelhado à fé, quando busca coisas, nunca antes percebida e que nunca foram sequer vistas. Porém a obra da criação, não pode ser confinada num túnel, nem qualquer colisão é capaz de reproduzir o dedo de Deus em ação.
          Daniel já profetizava, que “... o saber se multiplicará...” Dn. 12:4. O fim de todas as coisas, não envolverá somente descobertas, mas também a certeza de que o homem aos poucos, vai brincando de Deus e nem mesmo percebe, ao colidir com a soberania de Deus, quando diz em Deuteronômio 29:29, “As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e aos nossos filhos...”

III-            A Fé Diminui, Mas Não Pode Acabar

          Até mesmo algumas Teologias tem tentado desmistificar os feitos de Deus, ou melhor, mitologizar as obras sobrenaturais do Senhor. Quando Jesus andava entre nós, já perguntava : “ Contudo quando vier o Filho do Homem, porventura achará fé na terra? ”Lc. 18:8.
          A fé de muitos, diante do mundo racional, tem encontrado um mundo de confrontos e desafios, precisando ser renovada a cada dia. Se não acharmos, no nosso túnel religioso, na nossa experiência piedosa ou na Bíblia, todas as respostas para nossos questionamentos, iremos passar da confiança em Deus ao desespero? Não!

          Que os cientistas,continuem em sua busca pautada, na razão! E que nós cristãos, continuaremos crer. Em que? Na história de Adão e Eva; na travessia do Mar Vermelho; no grande peixe que engoliu Jonas e depois o vomitou; no nascimento divino de Jesus por obra do Espírito de Deus e todas as outras verdades bíblicas onde fundamentamos à nossa fé. Se a partícula pode ser achada num túnel, criado pela razão! Porque a nossa fé, não pode ser preservada no túnel, da inerrância bíblica, detectada na infalibilidade de Deus demonstrada no decorrer da história, por homens que viram, ouviram e testemunharam, que Deus é perfeito em tudo que faz!

          Se a ciência encontrará ou não, o Bóson de Higgs, não sei! Posso até arriscar, que dificilmente isso acontecerá! Não baseado no conhecimento científico, mas por ver que durante, o decorrer de tantos anos de pesquisas, fica sempre algo obscuro, sem resposta, como se ninguém pudesse tocar os assim chamados , mistérios do Criador. De uma coisa tenho certeza, é necessário, encontrar mais do que a partícula de Deus, para que o nosso mundo seja melhor entendido e é necessário mais do que uma colisão para que o homem substitua a fé numa história tão perfeita como a da criação, descrita por um Deus muito mais poderoso do que a energia que se verá num túnel, que obscurece a fé, e acende uma única luz, a razão! Que Deus nos abençoe! 
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Um Segundo Holocausto


        O questionamento de fatos históricos marcantes é um fruto do nosso tempo. Quantas pessoas, questionam e apontam como uma grande farsa norte americana, o fato do homem ter pisado na lua, em 1969; um novo mercado de desconfiança se abre ao se questionar a verdadeira vida de Jesus, onde alguns se arriscavam a dizer que a Igreja escondeu o trajeto de Galileu pobre à rei; outros afirmam que Shakespeare plagiou Macbeth, artista sem o qual, as suas peças jamais teriam existido.
        Os discípulos da revisão histórica, escolhem uma nova vítima, “o holocausto” que se constituiu no maior genocídio do século XX. Nessa teoria dos negacionistas, podemos encontrar três grupos: os que consideram o genocídio, um fato, mas discordam da forma como Israel apropria-se dos acontecimentos para justificar suas ações hoje; os que consideram o genocídio mas contestam seus números, para estes, não seriam seis milhões as vítimas do holocausto e sim, algo em torno de meio milhão; e existem os que negam o genocídio, por acharem impossível a morte de seis milhões de judeus nas câmaras de gás.
        Em 1979, um historiador francês, Robert Faurisson, publicou no jornal francês, LeMonde, três cartas, afirmando que as câmaras de gás jamais teriam sido usadas no extermínio de judeus. Christopher Hitchens, um escritor e jornalista anglo americano contestou esta declaração, dizendo que as teorias negacionistas são muito boas, mas carecem de provas empíricas históricas nas suas documentações apresentadas.
        Os negacionistas, desejam ter visto, um documento em que Hitler teria dado uma ordem oficial para matar todos os judeus. De fato,isso não foi encontrado, porém os que acreditam no holocausto, afirmam existir depoimentos dos que sobreviveram aos campos de extermínio, e depoimentos de oficiais nazistas no tribunal de Nuremberg, principais responsáveis pelo holocausto, confirmando tais atrocidades. Claro, que o preço da sustentação de teses como a negação do holocausto nos moldes convencionais, se amparam muito mais no uso seletivo de informações e ignoram os indícios e provas que a ideologia nazista se baseava num desprezo a outras raças que não os chamados “arianos”.
        Será que já não podemos dizer que contra fatos, não há argumentos? Quem sabe poderemos questionar as bombas lançadas sobre Hiroshima e Nagazaki; a explosão do reator nuclear em Chernobyl; o ataque às torres gêmeas nos Estados Unidos? A indústria do holocausto não acabou! Assim como Israel e Esatdos Unidos usam o acontecimento para cobrar altas indenizações a Suíça e Alemanha, para vítimas do holocausto, outros tentam pôr em dúvida fatos como este, que serviram no mínimo para se frear a corrida armamentista das nações, pelas evidências dos horrores causados por uma destruição em massa.
        Na verdade a que estamos assistindo? Não é de admirar, que num mundo pós-moderno, seja mais fácil, sermos protagonistas ou coadjuvantes de um cenário de Guerra nas Estrelas, Matrix ou quem sabe uma nova descoberta do universo virtual. A estética do vazio e do ilusório, está viva e tem levado os homens a duvidar de tudo e de todos que estão ao seu redor. Aliado a isso, questiona-se os valores e transforma-se vilões em heróis. Será que estamos assistindo a apostasia da história? Na Bíblia a apostasia significa, não crermos mais em verdades, que eram antes objetos da nossa fé. Mais do que isso, começamos a pregar contra tudo que um dia, defendemos como verdade.
        Que motivações encontram-se por trás daqueles que tentam mudar a história? A descoberta de fatos nunca observados ou o simples prazer de contradizer?
        Alguns que contestam os negacionistas, afirmam que sobre a intrincada rede de minúcias e posições detalhistas, esconde-se um discurso a favor de ações nazistas, quando se referem ao holocausto.
A Bíblia diz em Isaías 5:20, “ Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem , mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!”
        É assustador, encontrar vidas que defendem Judas, no episódio da traição de Jesus, alegando que ele apenas cumpriu as Escrituras, insinuando que a culpa poderia ser de Deus que assim escreveu. Hoje se faz necessário, em meio as dúvidas, documentos questionados, alegação de farsas históricas e religiosas, assumir a postura do apóstolo Paulo, ao falar do seu ministério, antes de se tornar mais uma lembrança à mercê de questionadores, “ninguém me moleste; porque trago no corpo as marcas de Jesus”. Gálatas 6:17. O ministério do Apóstolo, não consistiu somente de palavras, mas de marcas de sofrimento, que reclamavam a sua existência e credibilidade.
        Será que o choro de famílias, dos sobreviventes do holocausto; a pele descascada pelas queimaduras extremas das bombas atômicas; os escombros de torres que escondiam corpos indefesos só serviram para criar um mundo ilusório ou lançar atores num mundo marcado por catástrofes, montadas? Para satisfazer interesses econômicos e políticos de uma geração que não respeita sequer a dor do luto? Protagonistas de brincadeiras de mau gosto?
        Podemos estar assistindo mais um holocausto, onde se matam as lembranças dolorosas; acena-se para o ressurgimento da injustiça e renova-se a fumaça empoeirada que tenta enegrecer ainda mais a memória de fatos que só nos fazem ter vontade de chorar!
        Antes que os homens, neguem a própria existência, quero lembrar, que o Senhor da História, está presente e vivo para não deixar que “esmaguem a cana quebrada, nem apaguem a torcida que fumega, até que faça vencedor o juízo”, Mateus 12:20.
Um segundo holocausto, poderá não levar mais homens ao tribunal de Nuremberg, mas nem por isso, estaremos isentos à sentença de Deus: “Não vos enganeis; de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará”. Gálatas 6:7. Que Deus nos abençoe!                         

domingo, 22 de maio de 2011

Cultivando O Perigo


        Desenvolvida a partir do enriquecimento do urânio, alguns tem usado a energia nuclear como fonte alternativa de energia, semelhante à água, carvão e petróleo. Nas últimas três décadas a participação desse recurso na produção de energia elétrica passou de 0,1% para 17%, do total produzido em todo o mundo. Ao contrário da Suécia que abandonou a energia nuclear como fonte de produção de eletricidade, em 2003. Nesse período, já contava-se 441 usinas nucleares funcionando em 34 países e mais 33 reatores nucleares estavam em construção na Ásia e Leste Europeu.
        A opção pela energia nuclear tem sido, uma escolha feita com prós e contras. A seu favor, podemos dizer que está o fato de não ser tão poluente, quanto outras fontes térmicas convencionais, de geração de energia elétrica. Pesa contra, o fato de que simples resíduos radioativos são capazes de causar doenças e tumores malignos nos seres humanos.
A produção de energia nuclear, traz consigo a potencialidade de perigo em suas usinas, enquanto funcionam. Basta lembrarmos do acidente em Chernobyl em 1986, situada na Ucrânia. Após a explosão do reator da usina, isso foi responsável pela morte de cinco mil pessoas e até hoje, os seus efeitos radioativos, ainda tem causado danos a milhares de vidas.
        Em outubro de 1987, o Brasil tomou conhecimento de um acidente ocorrido em Goiânia. Tudo se deu, porque um catador de lixo, encantado por uma luz azul, proveniente de um pó misterioso, contido numa cápsula de 3,6cm de diâmetro por 3cm de altura, conhecido por Césio 137. Distribuido entre as pessoas, a contaminação provocada por ele, atingiu 250 pessoas em uma dezena de cidades. Daí foi construída em Abadia de Goiás, um depósito para materiais radioativos, abaixo da superfície, evitando assim o perigo da contaminação.
        Longe de ser uma atividade em extinção, o incentivo à utilização da energia nuclear, tem proliferado. Como recurso bélico ou fonte alternativa, bilhões de dólares tem sido gasto, nessa indústria que tem altos custos, além de produzir energia, tem alimentado simultaneamente a indústria do medo.
Tudo isso, nos faz pensar, num outro tipo de experiência que se situa por trás, das usinas nucleares, que tem sido a motivação escondida, naqueles que discursam na ONU. A experiência do livre arbítrio!
        Escolher cultivar algo, que pode ser nocivo. A mim e ao outro. Lidar com o que não é proibido. Pensar que se tivéssemos uma lei, proibindo, tornaria tudo muito mais fácil.
        A energia nuclear é uma alternativa, perigosa, cara e fascinante a tantos países; é como se não produzi-la fizesse com que algumas nações se sintam inferiorizadas. Como se tivesse, menos cartas na manga, na hora da disputa de poder.
        Nos assusta a idéia de que estas usinas produzem energia, e podem também produzir bombas, no silêncio! A alta do petróleo, leva os países por um caminho alternativo, porém, em tudo, existe uma escolha. Chernobyl já nos mostrou a conseqüência de um desastre, e nem por isso, os países desistiram. Isso me faz lembrar a experiência do jardim do Édem. O homem e a mulher, gozavam de uma comunhão com Deus, e de repente, uma fonte alternativa surgiu, apresentada com uma roupagem nova, de coisa boa, era o pecado. Satanás apresentava a desobediência, como uma fonte alternativa, em nome de um avanço, do homem, em direção ao “conhecimento”.
“Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes(o fruto proibido), se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal. Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu”. Gênesis 3:5,6.
        A escolha de Adão e Eva, produziu danos irreparáveis em toda a raça humana, como a morte. Nem por isso, o homem de hoje, tem escolhido sempre, ouvir e atender a voz do Senhor.
         O perigo, está na escolha! É preciso pensar nas conseqüências da utilização dessas coisas, no que fazer com o lixo atômico, no perigo que corremos ao lidar com uma energia tão poderosa e tão perigosa. Em nome de pesquisas, os homens tem construído bombas às escuras. Em nome da liberdade, os homens tem se armado. Em nome de avanço, as nações tem reduzido a vida de homens ao mundo da incerteza, medo e perigo!
        Acredito, que diante dos fatos e conseqüências, é preciso lembrar o que disse o Apóstolo em I Coríntios 10:23 “Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convém; todas são lícitas, mas nem todas edificam”.
Jamais gostaríamos de ver Chernobyl, se repetir! Nem que o pecado, que para muitos tem se tornado uma alternativa de vida, se torne uma construção silenciosa no nosso interior. Com certeza, isso virá a explodir!
        O pecado se assemelha, ao perigo da energia nuclear! Porque nunca sabemos onde ele se esconde. Se numa construção bem montada, como uma usina como a de Chernobyl, ou na mão de um catador de lixo, na ingenuidade de homens que são despretenciosos e que na curiosidade, brincam com o perigo! Os homens precisam pensar no perigo dessa energia e precisa pensar no perigo do pecado! Que Deus nos abençoe!               

Estudo Sobre Efésios


Capítulo 1 : 15 – 23

Vs. 15 – A fé e o amor, são duas marcas de uma verdadeira regeneração. Muitas igrejas tem sido marcadas por tantas marcas, algumas louváveis, outras vergonhosas.

Vs. 17 – “espírito de sabedoria e de revelação” – parece ser a capacitação do espírito para perceber verdades profundas a respeito de Deus. A sabedoria de Deus nos leva a ter discernimento quanto à doutrinas mais profundas, leva à intimidade com Deus e nos leva a saber usar esta mesma sabedoria em situações práticas.

 No Novo Testamento, os seres humanos sem Cristo são sempre descritos como pessoas que estão em trevas e necessitam de iluminação.

Vs. 18 – “iluminados os olhos do vosso coração” - é interessante a necessidade de ter iluminado o interior, não é questão somente de ter entendimento racional para descobrir verdades espirituais. O propósito desta iluminação é também descobrir para que Deus tem me chamado. Qual o propósito de Deus ao me chamar, o que Ele tem reservado para cada crente no Reino, sem este entendimento é como se não pudéssemos fazer nada, pois, não sabemos o que. O chamado de Deus para todos nós deve envolver nossa vida aqui e agora.

A riqueza da glória da sua herança – consiste em saber o que Deus colocou a meu dispor como herança. Como herança Sua, que tipo de riqueza Ele tem colocado em cada crente.

Perguntas: Quais são as marcas que tem sido lembrada as Igrejas hoje? Lembramos de Igrejas pelo tamanho do templo, pelo número de ministérios nela presente, pela existência de um ou outro crente que se destaca por suas qualidades espirituais ou por marcas espirituais como a fé e o amor a exemplo de Éfeso?

A racionalidade, a Teologia tem sido suficiente para conhecermos a Deus ou há uma preocupação em descobrirmos sobre verdades espirituais por meio da sabedoria e da revelação espiritual? É possível aliarmos a Teologia à uma vida dependente do poder de Deus no conhecimento Dele mesmo?

Vs. 19, 20 – Conhecer a eficácia do poder de Deus, o qual foi suficiente para ressuscitar a Cristo e ainda fazendo-o assentar numa posição de total domínio e soberania. Cristo sentado à direita traz a idéia de honra e autoridade.  

Vs. 21- 23 – Cristo foi dado à Igreja como o cabeça dela. Cristo que é o cabeça da Igreja e foi dado a ela. E por fim Cristo foi feito cabeça de todas as coisas, para benefício da Igreja. Destaca-se aqui a autoridade de Cristo e seu domínio absoluto sobre a Igreja como Senhor.
Todo o significado da vida , sua existência e preservação dependem totalmente de Cristo.
Perguntas: Cristo é o Senhor da Igreja, até onde as minhas atitudes, refletem esse domínio de Deus em nossas vidas como crentes. Que Deus nos ajude!

Estudo Sobre Efésios 2:1-10


Vs. 1- “vós mortos” – a morte espiritual tem vários sentidos:

Em Adão – Romanos 5:12 – onde toda a humanidade estava ali representada.
Em delitos e pecados Col. 2:13 – aqui mostra a realidade de todos os seres humanos ao serem encontrados por Cristo, no mundo.
A segunda morte – Apoc. 20:6,14 – aqui se retrata o estado em que os homens se encontrarão por não ter entregue suas vidas a Cristo.
No batismo Rom.6:4 – é uma identificação com a morte de Cristo, onde assim como Ele foi sepultado e ressuscitou, assim acontece conosco no ato do batismo.
Esta morte é a perda da vida espiritual, onde a ausência da comunhão com Deus é sentida, e conseqüentemente não temos acesso ao desenvolvimento espiritual. A morte na verdade é uma vida separada de Deus, por motivos mundanos.

“Príncipe da potestade do ar” – este é Satanás, que desde Adão tem dominado o mundo dos homens, e que atua no ar, como seu ambiente. Basicamente se pensa na influência de um poder maligno exercido por um ser maligno que é Satanás, na esfera espiritual e não material.
As manifestações dessa morte,são evidenciadas, numa decadência moral e na indiferença para com as coisas que dizem respeito a Deus O curso deste mundo mostra a inclinação em direção aos prazeres e maquinações humanas. Isso mostra que os homens são incapazes de viver uma moralidade no padrão que Deus exige. Existem homens que vivem uma vida reta, mas os requisitos de Deus, não são satisfeitos plenamente.

 O que Deus nos concede?

Inclinações da carne, vontade da carne e pensamentos da carne – as atitudes, os pensamentos e a vontade são determinantes para que os homens que Deus um dia criou, se tornem filhos da ira de Deus.

Vs.5 - Dá nova vida – os homens que estavam mortos em seus delitos e pecados, jamais poderiam sair dessa condição se não fosse a misericórdia de Deus. É a graça de Deus que não somente traz vida, mas que preserva esta vida em nós, desde que dependamos de Cristo.

A salvação, a riqueza da graça de Deus, é uma realidade do que Deus já fez por nós, e que tem sua continuidade na vida cristã. A Bíblia diz que a nossa salvação deve ser desenvolvida com temor e tremor em Filipenses 2:12.

Vs. 8,9 – A fé é o meio que Deus usa para recebermos o presente da salvação. Que não depende de sermos bons ou não, de fazermos boas obras ou não. Obras aqui significa até mesmo atitudes que são feitas independentes da influência de Deus em nossas vidas.
Vs. 10 – Obras aqui significa os caminhos que Deus preparou de antemão para que andássemos por ele. Coisas que Deus espera que façamos e que Ele projetou na eternidade. Que Deus nos conceda graça para cumprirmos a vontade de Deus e possamos entender esse projeto de Deus feito para nós antes da fundação do mundo!                                       

Estudo Sobre A Carta Aos Efésios


Objetivo – Compartilhar um pouco de algumas verdades espirituais importantes para a Igreja hoje, à luz do que Deus escreveu à igreja de Éfeso.

Objetivo da carta – Louvar a Deus pelo que ele fez em Cristo, por intermédio da redenção.
-Mostrar como Deus manifestou na Igreja a sua multiforme graça e sabedoria, unindo judeus e gentios, o que se constituía o mistério revelado.
-         Estabelecer a doutrina da unidade da Igreja.
-         Exortar a Igreja quanto a diferença substancial de uma velha vida nas trevas e uma nova vida em Cristo.
-         Advertir a Igreja em relação a guerra espiritual existente e a necessidade de usar as armas espirituais.

Data e local da carta – provavelmente ao escrever esta carta o apóstolo Paulo se encontrava em Roma por voltas do ano 62 .

Capítulo 1: 3 – 14.

Vs. 3 – Deus faz as coisas para o louvor de Sua glória. Ele é a fonte de toda sorte de bênçãos, não somente Ele dá, mas Nele está a origem da benção. Também aqui se mostra o caráter espiritual da benção. Logo devemos preservar a nossa comunhão com Deus para preservarmos estas bênçãos e delas usufruirmos. Mesmo bênçãos materiais são decorrentes desta ação espiritual de Deus em nosso favor.

Vs.4 – O que Deus faz é a continuidade de um propósito eterno de Deus para nós. Deus faz tudo com um propósito, nesse caso, é de sermos santos e irrepreensíveis. Participar de sua natureza santa, sendo santos e sermos irrepreensíveis, isso quer dizer que existe da parte de Deus exigências, que Ele espera que sejam satisfeitas. O pecado nos afasta do alvo e o alvo é fazer a vontade de Deus, à medida que caminhamos.

Perguntas: Para Deus você acha que existe diferença entre o que material e espiritual, ou não?
É possível caminhar com a consciência de que Deus nos escolheu e mesmo assim não se importar com uma vida santa?

Vs. 5 – A predestinação é uma realidade bíblica, o que nos está oculto é o critério usado por Deus para tal escolha. O fato de não entendermos isso claramente, não quer dizer que seja falsa a afirmação bíblica. Nós fomos adotados por Ele, logo não éramos filhos por natureza. Isso contradiz a afirmativa de alguns que todos os homens são filhos de Deus. Conferir João 1: 12, 13.

Vs. 6 – Tudo foi feito de forma gratuita no Amado ( Jesus Cristo) , para que manifestada a Sua graça em nós redundasse em glória para Deus. Quando não entendemos esta graça , nem este propósito de Deus em nós, podemos tornar a graça de Deus vã em nossas vidas.

Perguntas: Você acredita que Deus o escolheu antes dos tempos eternos? Você já pensou que a melhor forma de agradecer a Deus por esta graça derramada é viver para o louvor da Sua glória?  

Vs. 7- 10 – A riqueza da graça de Deus trouxe muitos benefícios para a Igreja. Podemos citar: o conhecimento da vontade de Deus em Cristo; a convergência de todas as coisas em Cristo; a redenção; a remissão dos pecados; e o derramar da graça de forma abundante. Isso tudo nos traz a certeza de nosso relacionamento com Deus, nos mostra que toda a glória deve ser creditada a Cristo, pois, nele deve convergir todas as coisas no final, inclusive o louvor e a honra pelo sacrifício feito em nosso favor. O propósito de Deus foi feito em sabedoria e prudência, isso mostra o cuidado e o traçar da vontade de Deus, feito de forma perfeita e multiforme.

Vs. 11 – Nós não somente receberemos herança da parte de Deus, mas Ele nos fez herança Sua. Quando a Bíblia diz em I Pedro que somos propriedade exclusiva de Deus, mostra o quanto temos valor para Deus.

Por que mesmo tendo conhecimento desse texto, os cristãos muitas vezes, se sentem sem valor? Você acredita que a idolatria faz com que as coisas não venham convergir em Cristo?

Vs. 12 – 14 – O Espírito Santo nos selou, como uma garantia de que somos Dele e ao mesmo tempo este Espírito se tornou o nosso maior bem. Até que Ele mesmo nos resgate para Ele definitivamente, isso nos lembra escatologia realizada, “ já somos propriedade Dele, mas aguardamos o Seu resgate em definitivo”.
                           Que Deus nos abençoe!

As Crianças Estão Aí: Onde Está O Reino?

As Crianças Estão Aí: Onde Está O Reino?


        As crianças não contam a sua história; nem como bebês são capazes de captar a própria imagem. A criança sempre foi vista como frágil, dependente de cuidados ou quando vista como potente, logo se torna alvo de preocupações, talvez, perigosas. Ultimamente, tem se feito esforços para, entender a criança como, um ser que tem linguagem própria, cultura e estética diferenciada. O infantil, é entendido como a primeira fase da educação básica e dever do Estado. Pode-se falar em infância plural, pois, mesmo considerando a criança como um universo constante e característico de todas as sociedades, ainda diferenciam-se nos seus contextos, por fatores, como gênero, etnia, religião, entre outros. Para se entender a criança, é necessário, deixar de ser adulto, para adentrar em seu mundo, compreender a suas visão, os seus valores, etc.
        O historiador francês, Philippe Áries, mostrou em sua obra, “Histórico Social Da Infantil E Da Família, publicada em 1960, que a Europa até o Século XII, tinha uma ausência do sentimento de infância, por não ter sido reproduzido na arte medieval, a figura da criança. Somente no Século XVIII, na Europa, a criança ocupa um lugar central na família.
        No Brasil, foi diferente, com a abolição da escravatura, a urbanização e o crescimento industrial, que levou as mulheres para o mercado de trabalho, passando-se a pensar seriamente em instituições que cuidasse das crianças. Desde os jardins da infância até as creches, a preocupação era, o que fazer com os pequenos?
        Segundo Rousseau, a infância é o mundo não corrompido, possuidor de uma natureza boa e inocente. Sarmento afirma, que a criança é capaz de interpretar o mundo do adulto, a seu modo, onde as brincadeiras e os desenhos, são os objetos de transformação e relação com o mundo.
        A realidade da criança, no entanto, não é somente inspiradora; estima-se que há cerca de 250 milhões de crianças, envolvidas em trabalho infantil, em todo mundo. Segundo Shwartzman, o trabalho infantil, está associado a situação de pobreza, das famílias. Em tribos indígenas, porém, o trabalho infantil está ligado a troca de experiências, entre os membros do grupo. No capitalismo, o trabalho infantil, tem se configurado pela exploração e perversos efeitos trazidos sobre crianças e adolescentes.
        Hoje, em pleno século XXI, convivemos com denúncias, de exploração sexual, casos de pedofilia e maus tratos na família. Como lidar com todos estes problemas? Como preservar nossos filhos e netos, dos malefícios de nossa geração?
        Jesus já se antecipava à sociologia, à pedagogia e à psicologia, ao ver as crianças como um ser diferente do adulto, e via as crianças da perspectiva dela. “Trouxeram-lhe, então, algumas crianças; para que lhes impusessem as mãos e orasse; mas os discípulos as repreendiam. Jesus, porém, disse: deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus”, Mateus 19: 13,14. 
        Jesus englobou, a visão de Rousseau e Sarmento, mostrando que a criança é espontânea. Ao mesmo tempo, que procurava mostrar para a criança, que Deus não é inacessível. Desejava mostrar naquela situação, que para as crianças parecia mais, uma brincadeira de correr atrás de Deus, existiam homens, sempre homens! Às vezes, intransigentes!
        A cultura judaica, também, sempre deu um lugar especial as crianças, e em relatos do Antigo Testamento, a criança deveria ser ensinada desde tenra idade nos caminhos do Senhor! “Estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao levantar-te”. Deuteronômio 6: 6,7. Ensinar os preceitos de Deus, num mundo, que tira a inocência de nossos pequeninos, num país sem censura, onde a televisão e a internet tem sido as babás eletrônicas. Sentimos falta de nossos filhos brincando de carrinhos e bonecas, pois, isto já não faz parte do universo adulto de nossas crianças.
        É bem verdade, que não podemos, criar o céu que sonhamos para nossas próximas gerações, mas, nos recusamos a aceitar viver o inferno, de um mundo de crimes como a pedofilia, os maus tratos e a prostituição infantil. Temos vários mundos, formado para as nossas crianças: o mundo da fantasia; dos sonhos destruídos; das famílias desestruturadas; das crianças sem pais; das crianças lesadas em sua inocência; e muitos outros mundos. O universo da criança, vai ser sempre o mesmo, da sinceridade, de uma vida sem máscaras; o mundo da criatividade sem perversas motivações. O que precisa ser diferente, é o mundo da criança ser tocado pelo Reino de Deus, os valores do Reino, o Senhor do Reino! O Reino de Deus, nasce simples como uma criança, cresce com a naturalidade do desenvolvimento de uma gestação e se torna adulto, sem macular a criança. A minha pergunta é: as crianças estão aí: onde, então, está o Reino? Que Deus nos abençoe!